
Senhor Diretor:
Cordial saudação de amizade e saudades.
Lembrei-me de o incomodar ao saborear o português nos suculentos artigos [da Voz Portucalense].
Creio que já nos habituamos e ainda bem, às frequentes manifestações de gratidão, justas, aos nossos médicos e enfermeiros, que diariamente sacrificam a saúde, a família e o seu merecido bem-estar ao serviço das vítimas do convid-19, que tantas pessoas e famílias faz sofrer.
Os relatos constantes nas televisões levam-nos a ver mais os números, que o sofrimento das vítimas sacrificadas pelo poder económico.
Tudo isto vem a propósito da vivência que enfrento no “campo de concentração do medo”, já lá vão quatro meses.
A suavizar este tormento, temos os “ANJOS” das empregadas, também prisioneiras, noite e dia, connosco neste Lar, sacrificando as famílias e sujeitando-se a ficar vítimas desta epidemia. Quantas já a estão sofrendo! São milhares em todo o mundo, diariamente, noite e dia, se sacrificam a dar apoio e carinho aos velhinhos e doentes, numa dedicação heroica!
Não sei se alguém já se lembrou de lhes prestar uma justa e merecida homenagem de louvor e agradecimento.
A minha vivência diária com elas me desperta a estima, admiração e gratidão.
Se achar justo e viável, pedia-lhe que escrevesse um artigo no seu jornal.
Padre Casimiro Ferreira Alves – Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lousada
ND – Muito obrigado pelas suas palavras. Não poderíamos ser mais eloquentes que a mensagem que nos transmite sobre o trabalho dedicado dos nossos profissionais de saúde. Uma coisa é reconhecermos, outra é experimentar como tão sentidamente nos refere na sua mensagem. Também a subscrevemos.