Bispo do Porto exorta sacerdotes a constituírem uma “diocese do coração”

Foto: João Lopes Cardoso

Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, D. Manuel Linda celebrou Missa Crismal na Catedral do Porto. Assinalou que este é o tempo para vivermos o amor misericordioso.

O bispo do Porto, nesta sexta-feira dia 19 de junho, celebrou Missa na Catedral do Porto na especial ocasião da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Uma celebração que, por razões sanitárias, foi reservada a sacerdotes. As condições de desconfinamento que vivemos atualmente permitiram cumprir o desejo manifestado por D. Manuel Linda na carta que enviou aos sacerdotes e diáconos da diocese em abril, por altura da Páscoa, tendo sido feitas nesta Eucaristia a renovação das promessas sacerdotais e a bênção dos santos óleos.

D. Manuel Linda, na sua homilia, declarou a sua satisfação por poder estar com os sacerdotes da diocese do Porto tendo-lhes manifestado a “alegria de os ver sãos e salvos após a fase mais aguda da difusão do vírus”.

O bispo do Porto declarou que “Deus ama-nos e quer que todos saboreiem este amor” tendo sublinhado que é para aí que “nos remete a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus” verdadeiro “símbolo” do “amor e do sacerdócio”.

“Constituímos aquela que poderíamos definir como Diocese do coração” – afirmou D. Manuel Linda alicerçando esta ideia no testemunho de quatro personalidades que se destacaram pelo coração: D. Pedro IV que “quis que o seu coração repousasse para sempre na igreja onde ia à Missa”; a Beata Maria Droste “tão devota deste mistério” e que “obteve do Papa Leão XIII a consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus; o Venerável Padre Américo que é habitualmente definido como um “homem de coração grande e generoso” e D. António Francisco dos Santos que era um bispo de tal afetividade que o coração se tornava pequeno para alimentar tanta simpatia”.

“Um leigo, uma religiosa, um padre e um bispo: eis uma espécie de representação da diversidade do povo de Deus desta Diocese, a tal “Diocese do coração” – declarou o bispo do Porto assinalando que este “é o tempo do coração”. Um tempo para que a diocese do Porto, nos seus sacerdotes e diáconos, “se distinga” por ser “um coração” que bate “pelo seu povo”. Um “coração sacerdotal” que seja “afável, misericordioso, compassivo”.

RS