O que foi a Semana Missionária Vicarial.
A Missão programada para Baião iniciou no dia 6 de março ao fim da tarde com a celebração do envio na Igreja de Campelo. Apesar das ameaças do COVID19, que já pairava nos ares, a Missão começou bem. Todos os Missionários ad Gentes que vinham animar esta ação pastoral foram enviados em Missão na qual entraram também todos os Párocos e Secretariado diocesano das Missões ao receberem a Cruz da Missão. Todas as paróquias estavam mobilizadas e por isso os missionários foram bem acolhidos.
Depois das celebrações penitenciais na manhã de sábado nas Paróquias do P. Coutinho seguiu-se a oração comunitária na Igreja de Valadares e o almoço de trabalho para últimos acertos.
A tarde de sábado e a manhã de domingo foram cheias com as catequeses em que as paróquias de cada unidade pastoral se juntaram para catequese, e celebrações com crianças e com toda as comunidades que se juntaram para as Eucaristias previamente preparadas dentro da dinâmica pastoral da diocese para a quaresma. Nesses dois dias estivemos em quase todas as Igrejas Paroquiais da Vigararia. Foram encontros marcantes para todos.
Foram celebrações muito vividas. Os missionários sentiram o efeito do trabalho preparatório pela forma como as pessoas acolhiam a mensagem anunciada. Todas as comunidades entraram em estado de Missão.
A noite de sábado foi dedicada aos jovens no auditório municipal. Todos os missionários se apresentaram indicando o carisma de cada grupo a que pertenciam e os lugares onde tinham estado em Missão. Foi um momento bom para os jovens. A tarde de domingo foi dedicada, também no auditório, aos grupos paroquiais ligados à liturgias: acólitos, leitores, salmistas, corais, ministros da comunhão. Um auditório cheio. Para além da apresentação dos missionários todos puderam encontrar-se com outras expressões de culto de acordo com as culturas a que esses missionários foram enviados: todos a celebrar o mesmo Senhor. Muitas perguntas e grande envolvimento da plateia. Como aconteceu em todos os encontros no auditório seguiu-se um pequeno convívio e confraternização no átrio do auditório, preparado por diferentes grupos da Vigararia.
Na segunda feira pela manhã seguiu-se o programa com aulas nas diversas escolas onde fomos bem acolhidos por professores e alunos já previamente preparados e com grande expetativa. Pela tarde começam as complicações com a interdição de se continuar na Escola Secundária de Campelo. Todas as outras se mantiveram abertas guardando o devido distanciamento social que começava a ser prescrito pela DGS. Foram encontros muito interessantes. Crianças e jovens muito abertos e acolhedores.
Outro momento importante foi o encontro com os idosos e doentes nas famílias. Muita alegria e desejo de fazer das suas vidas uma oblação ao serviço da Missão. É a retaguarda missionária. Pena foi que não pudemos ir aos Lares e Instituições de Solidariedade Social que nos esperavam e cuja visita foi, entretanto, interdita. Fica a promessa de voltarmos.
As celebrações da Eucaristia e vésperas comunitárias, os encontros nas famílias e a oração nas diversas comunidades à noite, foram momentos muito vividos.
A partir de quarta feira começaram os encontros vicariais no auditório. Nesse dia foi a mesa redonda sobre “O valor da Vida”. Um encontro marcante pelo testemunho duma enfermeira da terra, dum casal e duma missionária. Nesse painel em que participaram autarcas, associações de solidariedade social e outros grupos, ficou bem claro o valor sagrado da vida humana, e quanto é importante haver pessoas que fazem das suas vidas uma entrega ao serviço dos mais frágeis. Nesses testemunhos sentimos que a eutanásia é uma ideologia que nos querem impor porque as pessoas pedem um fim de vida com presença e carinho.
Ainda se realizou o encontro na quinta feira com os movimentos apostólicos. Já várias pessoas não vieram devido aos medos que começavam a surgir. Mas foi bom. Gente muito comprometida nas suas comunidades e fizeram imensas as perguntas. Já na sexta feira a mesa redonda sobre “O valor da vida” dirigido a grupos e associações culturais e recreativas foi interdito. Foi realizado só com os intervenientes e transmitido pelas redes sociais. Foi muito interessante e seguido em direto por cerca de 300 pessoas. Por isso sem perguntas e respostas.
No sábado foram interditas todas as manifestações e celebrações comunitárias. A equipa vicarial teve que refazer o programa e propôs que nessa noite se iniciasse a recitação do rosário transmitido pelas redes sociais. Alguns membros do grupo missionário gravaram o terço missionário que foi transmitido nessa noite juntamente com a linda mensagem enviada por D. Armando, bispo auxiliar do Porto, que deveria presidir ao encerramento desta semana. E a partir daí todos os dias à noite é emitida a oração do terço que continua a ser seguida nas famílias por mais de 300 pessoas. A eucarística dominical concelebrada pelos cinco padres é igualmente transmitida e seguida por varias centenas de pessoas em suas casas onde pais e filhos rezam em conjunto. Fruto da Missão, como refere o seu vigário, P. Francisco Pedrosa.
A Missão não encerrou, nem vai encerrar. Vai continuar. Fomos obrigados a dispersar à pressa sem nos despedirmos dos amigos e pessoas que nos acolheram. Mas vamos um dia juntar-nos de novo para celebrarmos esta caminhada que agora está a ser feita doutra forma.
(inf: P.A Farias, SMBN)