
Maria de Sousa, uma das primeiras mulheres portuguesas a serem reconhecidas internacionalmente pelas suas descobertas científicas, faleceu esta madrugada aos 81 anos de idade, após uma semana de internamento hospitalar motivado pela Covid-19.
A Professora Emérita da Universidade do Porto e Investigadora Honorária do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto notabilizou-se internacionalmente ainda na década de 1960 pelas cruciais contribuições que deu para a definição da estrutura funcional dos órgãos que constituem o sistema imunológico.
No entanto, a sua relevância vai muito além das descobertas científicas, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do sistema científico nacional e para a criação de toda uma nova geração de cientistas portugueses, depois de na década de 1980 ter regressado a Portugal para integrar o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e o Instituto de Biologia Molecular e Celular (atual i3S) como professora e investigadora, respetivamente.
Nas palavras do Reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, “a morte da Professora Maria de Sousa é uma perda enorme para a Universidade do Porto e para a Academia Portuguesa. Maria de Sousa será para sempre uma das mais destacadas figuras da Ciência em Portugal, tendo o seu trabalho recebido merecido reconhecimento internacional numa altura em que ser cientista, particularmente uma mulher cientista, não era tarefa fácil.”
António de Sousa Pereira recorda que “foi uma honra para a Universidade do Porto ter acolhido o seu regresso a Portugal em 1984, onde desenvolveu brilhantemente o seu trabalho como docente e investigadora, tendo sido homenageada com as mais altas distinções e prémios nacionais e internacionais”, reforçando que “Maria de Sousa será para sempre lembrada como um dos nomes maiores da Universidade do Porto e da Ciência Portuguesa”.
(inf: Universidade do Porto)