Nesta altura em que todas e todos nós estamos envolvidos no combate a um vírus que se abate sobre a humanidade, não podemos de deixar de refletir sobre as nossas relações com a Terra. Por ocasião do Dia Mundial da Água, em março, o Dicastery for Promoting Integral Human Development (Discatério para o Serviço Integral do Desenvolvimento Humano), do Vaticano, enviou uma mensagem a que chamou “Aqua fons vitae. Orientações sobre a Água, símbolo do grito dos pobres e do choro da Terra”. Em tempos de vírus, talvez causado pela incúria humana, onde a Igreja possui uma importante responsabilidade, por ter esquecido tantas vezes o clamor da Terra e dos mais pobres, este documento chama os cristãos para três questões especificas: a água para uso humano, a água como recurso usado na atividade humana, como a indústria e a agricultura e a água dos rios, aquíferos subterrâneos, lagos, os oceanos e os mares. A reflexão sobre estas matérias apresenta os desafios e as propostas que todos devemos seguir, em especial, as cristãs e os cristãos.
No documento (http://www.humandevelopment.va/it/news/aqua-fons-vitae-online-il-documento-del-dicastero.html) é anunciado que será elaborada uma estratégia de toda a igreja católica, perante a água, o saneamento e a higiene. Tal denota a preocupação que sejam definidas orientações a cada parcela da igreja e sejam implementadas, no sentido de ocorrer ao grito dos pobres e ao choro da terra, perante o abuso do uso da água. Lembra todos os milhares de milhões de pessoas a quem falta a água e as consequentes infeções, epidemias e pandemias, que podem ser geradas pela inconsciência de tantos que não têm atendido a este drama, que vai ganhando muito fôlego. Uma pandemia pode acontecer se não protegermos a água. Olha-se para a aflição do mundo para o COVID-19, pois, que se preveja já e exista prevenção para outra não acontecer com o uso da água.
As dioceses e as paróquias e todos os organismos eclesiais devem proceder, desde já, à monitorização do consumo da água, por exemplo, medindo a sua pegada hídrica, e diminuindo-a, com a clara certeza de que seremos “bons samaritanos” e reconheceremos Jesus, também, presente na água, que crucificamos
Esquecer a nossa intervenção urgente em defesa da água é pecado grave!