O bispo auxiliar do Porto numa celebração na Igreja de S. Lourenço no Seminário Maior do Porto lembrou o lema do Dia Mundial da Juventude neste ano de 2020, celebrado neste Domingo de Ramos: ”Jovem, eu digo-te, levanta-te”.
A Igreja de S. Lourenço (dos Grilos) no Seminário Maior do Porto acolhe nesta Páscoa especial, marcada pelo estado de emergência devido ao coronavírus, as celebrações da Semana Santa do bispo do Porto. Um modo concreto de dar continuidade à partilha que os seminaristas e seus educadores têm feito, desde o início da crise, através de transmissões diárias em direto no facebook da diocese do Porto.
No Domingo de Ramos a celebração foi presidida por D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto. Na sua homilia, D. Vitorino Soares assinalou que esta será “uma Páscoa vivida na intimidade da família”.
Uma Páscoa na qual estaremos “mais próximos uns dos outros” – referiu o bispo auxiliar do Porto sublinhando que, nesta situação de sofrimento que vivemos, Jesus vai-nos ajudar a superar a “tristeza” e a “solidão”.
D. Vitorino, que também é reitor do Seminário Maior do Porto, lembrou no início da sua homilia, Cristo na sua entrada triunfal em Jerusalém, como apresenta o Evangelho de S. Mateus em Domingo de Ramos, e disse que esse facto “não se trata de uma ficção, mas uma realidade”. “Uma realidade que é uma pessoa”, é Jesus Cristo – afirmou.
Recordando as várias personagens da narração do Evangelho, o bispo auxiliar do Porto, lembrou que tal como Caifás, os Sumos Sacerdotes, Maria Madalena, José de Arimateia, as multidões ou os soldados, também nós somos atores da história. E lançou uma pista de reflexão: “com qual destes personagens gostaríamos de traduzir a nossa vida?”
Na sua meditação, D. Vitorino Soares assinalou o evento que desde 1985 acompanha cada Domingo de Ramos por decisão de S. João Paulo II: o Dia Mundial da Juventude. No texto deste ano 2020, o Papa Francisco propôs uma passagem do Evangelho de S. Lucas que nos diz: ”Jovem, eu digo-te, levanta-te”.
O bispo auxiliar do Porto afirmou que este episódio apresentado pelo Santo Padre é um gesto de ressurreição, um sinal de início de “uma vida nova”. Um estímulo para os jovens neste dia que lhes é dedicado, mas para todos nós pois aquele jovem anónimo do Evangelho pode ser “qualquer um de nós” – afirmou.
“Acompanhemos Jesus na sombra da sua Cruz para que, com Ele, possamos participar na vida nova da ressurreição” – disse D. Vitorino Soares no final da sua homilia.
RS