
Por Joaquim Armindo
O COVID-19 não é um castigo de Deus, nem nunca poderia ser. Podemos é ter cometido suicídios por desprezarmos aquilo que Deus bondosamente criou. Podemos ter desviado as nossas atenções para deuses-falsos, quais demónios a soprar no deserto das nossas vidas. Tão preocupados estamos com a quotidiana vida que nem pressentimos a vinda de um vírus que arrasador de vidas. Afinal os milhares de milhões e biliões de euros em tantos bolsos não conseguiram precaver o vírus. Quantos poderes do dinheiro ostentaram as suas notas pela defesa da sua vida, mas isso de nada vale. Quantos donos de hospitais os exibiram para salvar a vida, mas isso nada vale. Quantos assomaram os seus altos cargos de poderosos no mundo, mas isso nada vale. Quantos arrasam a Mão Terra, para construir um futuro para eles promissor, mas isso nada vale. Os comandantes das bolsas veem o seu dinheiro subir e descer, em cada dia, na esperança de que venham a ter lucros – novos deuses -, mas isso de nada vale.
Estamos perante um pico na história, a que nunca poderemos responder com os poderes do dinheiro, com os poderes de comandantes dos povos e dos poderes de eu posso e mando e tenho. Este vírus a ninguém respeita, nem aos ricos que tudo pretendem para si. Não existem fronteiras, nem limites. Lembra-me daquela estória contada na Bíblia acerca da arca de Noé, por causa da corrupção, por causa das ofensas à Natureza, é respondido por um vírus, que enche a Terra de água, e nenhuma “força dos gigantes” conseguiram calar a vertente das águas que inundaram e mataram todas as pessoas e animais, exceto aqueles que eram fiéis ao solidário e à compaixão. Nesta lenda contada para explicar o que se verificava na sociedade de então, aprendemos alguma coisa sobre o vírus.
E aqui perante a sociedade, nós e todos os homens de boa vontade, vamos aprender que o futuro não pode passar sem uma Ecologia Espiritual – e reconheço e respeito as várias espiritualidades -, do nosso encontro com um outro universo, onde todo o homem/mulher seja irmão (ã) do(a) outro(a),e se abra e tenha capacidade de se doar em amor à Criação e ao Criador.
E, depois do vírus, as cristãs e os cristãos abram-se à humanidade, não condenando, mas apoiando aqueles que perderam a esperança e o amor e encontrem na espiritualidade uma forma de superar as agruras porque estamos a passar. E, cristãs e cristãos, nunca poderemos ficar inativos e calar, se assim fosse, esse seria um castigo de Deus, e o nosso Jesus não castiga.