
A Companhia de Jesus inaugurou na quinta-feira dia 23 de janeiro uma nova casa em Lisboa. Um polo cultural no Bairro Alto. O diretor-geral da Brotéria disse à Agência Ecclesia que a abertura da nova casa é um serviço à Igreja e ao país “no coração da cidade”, local da tradição e da “ebulição” da cidade.
“Este lugar é muito relevante porque tem esta relação tão forte entre a tradição que herdamos e a ebulição, a força de uma cidade como Lisboa com tudo aquilo que nos pede e que nos chama”, afirmou o padre Francisco Mota em declarações à Agência Ecclesia.
O diretor-geral da Brotéria afirma ainda que a intenção dos Jesuítas “é difícil de compreender comercialmente” e não tem que ver com “a procura de um novo mercado, com a expansão de marca”, mas querem ser “uma voz ativa” na “análise das questões sociais que preocupam a todos”, serem uma voz “rigorosa no tratamento dessas questões”.
“Sermos uma voz de esperança na maneira como abordamos os problemas, sermos uma voz que nasce de uma identidade de fé muito marcada, mas que tem um desejo muito grande de escutar e se encontrar com aqueles que por alguma razão precisam de ouvir a Igreja falar de uma língua que não conhece”, desenvolveu.
Segundo o padre Francisco Mota, a intenção da Companhia de Jesus é “viver naturalmente” no centro de Lisboa como noutros lugares” e o desejo de “criar um espaço de encontro entre a fé cristã e as culturas urbanas contemporâneas”.
A Companhia de Jesus quer criar no Bairro Alto uma “cultura de rigor e respeito por aquilo que é dito”, na certeza de que “será muito mais fácil atrair pela beleza do que atrair pelo conteúdo”.
Editada em Portugal desde 1902, a revista ‘Brotéria’ propõe leituras sobre atualidade política e social, religiosa, deixando ainda algumas sugestões culturais.
Agora a revista dos Jesuítas apresenta-se num espaço físico com livraria, galeria, biblioteca e restaurante, no Palácio dos Condes de Tomar.
(inf: Agência Ecclesia)