Cardeal Turkson no Fórum Económico de Davos: “escutar o pranto da Terra e dos pobres”

REUTERS/Jorge Silva
Durante o Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, o cardeal Turkson, o patriarca Bartolomeu I e o rabino de Moscovo, Goldschmidt, pediram aos governos do mundo para que usem as novas tecnologias para o bem comum, porque “não temos um segundo planeta para viver”.

“A terra está chorando, também os pobres estão chorando”. Por este motivo os líderes religiosos presentes em Davos falam ao coração da grande finança e economia mundial procurando suscitar uma “consciência global de mudança”. São palavras do cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, durante a conferência de imprensa de quarta-feira, dia 22 de janeiro no Fórum Económico Mundial de Davos . Com o cardeal estavam presentes o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e o rabino chefe de Moscovo, Pinchas Goldschmidt.

Gerar consciência global para a mudança

O cardeal Turkson observa: Se o Papa Francisco na Laudato Si’ afirma que a terra e os pobres choram, há uma emergência que deve ser escutada, e “devemos todos conter este pranto”. Estamos aqui como convidados do Fórum Económico Mundial “porque queremos gerar uma consciência global para uma mudança”. Segundo o cardeal Turkson as novas tecnologias não devem “determinar o que devemos ser”, mas devem ser usadas “para o bem comum, o bem da humanidade, da terra e dos seus habitantes”. “Não temos um segundo planeta para viver”, adverte, antes de pedir ao mundo político e aos governos para que reconheçam “o papel central das religiões e das fés”, denunciando a prática, principalmente nos países secularizados, de “relegar as religiões às esferas privadas, negando sua influência na vida das pessoas”.

(inf: Vatican News)