
Há um século atrás nascia uma mulher que escolheu Deus como ideal da sua vida, fundou um movimento católico que ultrapassou as fronteiras da Igreja, abrangendo pessoas de várias denominações cristãs, religiões e convicções não religiosas. No passado dia 7 de dezembro, tiveram início em Trento (Itália), sua cidade natal, as comemorações pelo centenário do nascimento de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares.
“Pai, que todos sejam um… para que o mundo creia” (Jo 17, 21) é a frase do Evangelho que sintetiza o carisma do Movimento dos Focolares. Chiara é uma mãe espiritual, uma vez que, no encontro profundo com a espiritualidade da Unidade, dedicou a sua vida inteiramente a Deus e, por Ele à humanidade. A força desse encontro contínuo com Deus define a sua identidade mais profunda e a de todos os seus “filhos”. Ela sempre incentivou cada um a procurar Deus acima de tudo e de todos, a tê-Lo como “Ideal”.
Segundo o carisma da Unidade, no relacionamento com Jesus, espiritualmente presente entre aqueles que se amam, tudo adquire sentido: as relações pessoais, o trabalho, a família, a fé, a esperança, a caridade, a alegria e até mesmo o sofrimento. A tensão à santidade, como modelo de realização para o ser humano, leva Chiara a afirmar que com a presença de Deus entre nós, atraído pelo amor concreto e recíproco, temos a possibilidade de chegar à santidade coletiva. O que significa? Significa uma sociedade renovada, feliz, porque coerente com o projeto de Deus.
No Porto, D. Manuel Linda presidirá a uma Eucaristia de ação de graças que terá lugar na Catedral do Porto na quarta-feira, dia 22 de janeiro às 19h.
(adaptado da revista Cidade Nova – Janeiro 2020)