
Por João Alves Dias
Natal é Vida! Natal é Graça! Como sabe bem saborear estes dons de Deus!
Em ação de graças, partilho convosco os poemas que dois amigos dedicaram às nossas netas, no dia do seu batizado.
“ Eva da nova criação – Eva e Luz/ Gémeas no sangue/ Irmãs no Amor Divino/ Por um sacramento de encanto/ Vinde! Entrai no leito do Jordão/ A Trindade Santíssima,/ O Pai, o Filho e o Espírito Santo/ Vos espera.
Outono se converte em Primavera/ Deus sorri. Tudo ilumina. / E pelo sacerdote ecoa a voz divina / – Eva, eu te batizo. / Luz, eu te batizo. / São testemunhas Maria, a Nova Eva. / E Jesus /A Nova Luz.”
“ Luz do novo peregrino – Eva e Luz,/ Em Maria e Jesus. / Nos vossos caminhos longos, abertos,/ Nunca haverá nem trevas nem desertos. / Também nunca haverá encruzilhadas.
Um dia,/ Lembrando com alegria/ Esta mensagem bem sentida,/ Sabei que o batismo é sacramento/ Que desperta para a vida. / Eva e Luz,/ Os amigos convosco em união/ E com toda a família tão querida,/ Desejam para vós as maiores bênçãos/ Do Senhor batizado no Jordão” (José Vieira)
“ Crónica poética do baptizado – Eva e Luz se baptizaram/ Em S. Nicolau, no Porto; / E quantos testemunharam,/ Com eclesial conforto,/ No dia cinco de Outubro/ De dois mil e dezanove,/ Estão em crer que no futuro/ Este voto se renove.
Igreja setecentista,/ Rococó e maneirista,/ Tem história acumulada/ E pintura celebrada/ No seu fausto altar-mor. / Mas deu-lhe brilho maior/ O baptismo das meninas/ Eva e Luz, bem pequeninas.
Convocada a assembleia/ Junto ao pórtico da entrada/ O pastor e as crianças/ Deram a voz à paideia/ De o baptismo ser passada/ Para novas esperanças. / Eva e Luz então choraram,/ Mas os pais as sossegaram.
Junto do círio pascal,/ Consumou-se a liturgia/ E o padre fez homilia / Na forma dialogal. / O coral da catequese / Ilustrou a exegese. / Eva e Luz, sossegadinhas,/ Encantaram as madrinhas.
Em nome do Pai e do Filho/ E do Espírito Santo,/ Eva e Luz, eu vos baptizo… / E a luz cobriu-as de branco! / Ó Virgem Mãe, nas alturas,/ Com tua graça e amor,/ Guarda as novas criaturas/ Entre as mãos do Criador.
Toda a festa foi bonita,/ Tantas crianças presentes! / Avós e pais são sementes,/ Cuja graça, luz bendita,/ É congregar amizades. / Eva e Luz terão memória,/ Colherão diversidades,/ E contarão uma história.” (José Machado)
“O Senhor Deus fez brotar da terra toda a sorte de árvores, de aspeto agradável, e de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do jardim (…) Um rio saía do Éden (Gn, 2,9-10).
Os filhos e os netos são «frutos doces» que suavizam-nos o passar dos anos, são flores que embelezam o nosso «paraíso terreal». Ao vê-los, nosso coração fica em festa.
Que o nosso amor seja um “rio” onde corre memória, ternura e gratidão pela sua e nossa vida. Como escreveu Daniel Faria: “O homem pensa que nada é mais profundo / Que depois de Deus os filhos e os sismos”.