Juventude do Porto: o caminho até às JMJ também passa por formar e informar

“Cristo Vive” deu mote para mais uma ronda de formações, para animadores e responsáveis de grupos com jovens, por todas as regiões pastorais da Diocese.

Foram cerca de 120 os animadores e responsáveis de grupos com jovens que participaram nos 4 momentos de formação promovidos pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil.

Primeiro momento teve lugar na Vigararia de Trofa Vila do Conde, Cucujães recebeu o segundo momento de formação, o terceiro aconteceu na Vigararia de Amarante e terminou, neste sábado, em Valongo, Seminário do Bom Pastor.

Este momento de formação teve por base a Exortação Apostólica Cristo Vive, dividia-se em 4 partes ou aspetos importantes (dentro de tanta informação que o Sínodo nos trouxe e os documentos que lhe antecederam, era necessário selecionar e peneirar essa informação e transmitir esses aspetos fundamentais para trabalho com os jovens):

Um primeiro aspeto era o da Sinodalidade: De salientar que, neste processo, a escuta foi a ferramenta fundamental de abertura aos sinais dos tempos, inspirados pelo Espírito Santo; “a grande aquisição do caminho do Sínodo foi a descoberta da Sinodalidade em clave missionária.” “Os jovens pediram-nos que fôssemos uma Igreja que caminha com eles, que fôssemos antes e sobre tudo “companheiros de viagem”.

No episódio de Emaús é interessante que Jesus caminha com dois viandantes sem ligar à direção do caminho, mas antes de tudo na lógica de uma partilha do caminho – este era o segundo momento partilhado na formação.

Mais do “falar aos jovens”, é preciso “falar com os jovens”, partindo, portanto, de uma clara e decidida proximidade, é uma das grandes frases que conclui este trabalho ou este caminho ainda iniciado do Sínodo.

A terceira parte da formação debruçava-se sobre o capítulo V da Exortação Apostólica Cristo Vive: “o coração pulsante e o centro de Christus vivit é o capítulo V, que parte precisamente de uma pergunta formidável e deveras desafiante: «Como se vive a juventude, quando nos deixamos iluminar e transformar pelo grande anúncio do Evangelho?» (ChV 134).

São sete pontos que desenvolvem este capítulo e foram apresentados aos animadores: “Tempo de sonhos e de escolhas”, “a vontade de viver e de experimentar”, “em amizade com Cristo”, “o crescimento e o amadurecimento”, “percursos de fraternidade”, “jovens comprometidos”, “missionários corajosos”.

Por fim abordava-se o tema da Vocação e discernimento vocacional: “A vocação, é uma questão de “êxtase”. O Papa convida os jovens a viver na lógica do êxtase, na saída de si próprio para ir ao encontro do outro. A vocação é sempre para o bem de outros. “

Dizia o P. Rossano Sala, Salesiano, arquiteto e secretario geral do Sínodo: “Deus chama por amor dos não chamados! Se penso em Dom Bosco, fundador da Congregação a que tenho a graça de pertencer, logo me pergunto: porque é que Deus chamou Dom Bosco? E a resposta não pode ser outra: por amor dos jovens mais pobres e abandonados. Vejam: Deus chama um para muitos e não para si mesmo, chama-o para estar ao serviço da vida plena daqueles que (ainda) não foram chamados”.

Com efeito, a nossa vida na terra atinge a sua plenitude, quando se transforma em oferta. «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo». Por conseguinte, devemos pensar que toda a pastoral é vocacional, toda a formação é vocacional e toda a espiritualidade é vocacional (ChV 254).

Em última análise, é reconhecer o fim para que fui feito, o objetivo da minha passagem por esta terra, o plano do Senhor para a minha vida… há uma orientação da minha vida que Ele me deve indicar, porque é o meu Criador, o meu oleiro, e eu preciso de escutar a sua voz para me deixar moldar e conduzir por Ele. Então serei o que devo ser, e serei também fiel à minha realidade pessoal (ChV 256).

Estes foram os aspetos essenciais abordados na formação proposta pelo SDPJ para este ano.

Foram 4 dias intensos, com muitos animadores e responsáveis de grupos prontos a colocar-se, também eles, à escuta e à partilha, prontos a caminhar em conjunto. Afinal este é o grande objetivo: uma Igreja unida que caminha junta, que partilha, que se alegra ao reconhecer Jesus no pão partilhado. Somos companheiros de viagem. Uma Igreja que se renova e se deixa rejuvenescer a todo instante por uma juventude viva, certa que um Cristo Vivo os quer vivos e alegres.

Fontes: Instrumento laboris, documento final do Sínodo (Sínodo “Os jovens a fé e o discernimento vocacional”), exortação apostólica Cristo Vive, secretariado diocesano da Pastoral Juvenil Porto.

(inf: SDPJ)