
Os jovens da Vigararia de Santo Tirso, estiveram reunidos dois dias em Roriz, para lançar o novo ano, conversarem sobre as JMJ, conviverem e rezarem. Acompanhamos uma parte destes dias e estivemos à conversa com eles.
Estavam representadas 8 paróquias e falamos com o representante dos jovens de cada uma. Em Santo Tirso existem muitos grupos recentes. Outros que se estão formar agora. Percebe-se que é uma Vigararia dinâmica e viva. São grupos, na sua maioria, voltados para as suas paróquias. Participam ativamente nas suas comunidades.
“Procuram viver experiencias fortes de fé, como fazer o caminho de Santiago Compostela”, contava-nos a Fátima da Paróquia de Santo Tirso. A Fátima contou-nos, ainda, como foi receber a notícia que as JMJ seriam em Portugal, “são momentos muito marcantes, que alguns de nos já participaram, por isso foi grande o entusiasmo quando se anunciou, oficialmente, que em 2022 seriam cá; (…) acreditamos que temos condições de receber os jovens… podem contar com os jovens para trabalhar; é bom partilhar e mostrar a todos que vão chegar como são os jovens cristãos portugueses.”
O Jorge, de Roriz, dizia “sinto que as JMJ são momentos únicos de vivência na fé, e ouvir os testemunhos dos animadores mais velhos que já participaram aumenta ainda mais as expectativas do que será esta de 2022.”
O Luís, de Negrelos, mostra alguma preocupação quanto ao acolhimento de tantos jovens nas comunidades, “talvez as famílias da minha comunidade não tenham essa abertura, mas aqui entra o trabalho do grupo de jovens, fazer tudo para que os jovens que chegam se sintam acolhidos.” O Grupo de Negrelos é recente mas tudo fazem para que os jovens se sintam parte da Igreja, “apostamos numa sede para nós, que permita o convívio entre os jovens.”
O grupo da Reguenga é um grupo bastante heterogéneo, com várias idades, uns trabalham outros estudam, o que o torna rico mas as vezes complicado de gerir. Para eles as JMJ 2022 será uma oportunidade única e as expectativas são muito altas. Conta o Mário que “recebemos a notícia em pleno Panamá in Douro, ficamos super entusiasmados; acredito que a Igreja Portuguesa está pronta para se abrir ao mundo e receber os jovens.”
As experiências das JMJ acabam sempre por marcar o percurso de fé de muitos jovens. Pela dimensão, pela vivência, pelas aprendizagens, as partilhas com jovens de todo mundo. Mas há um pormenor que muitos deixam como referência a partilha nas famílias de acolhimento. “Não semana como aquela” referia um dos jovens de Santo Tirso.
Para o Pedro de S. Salvador do Campo, “receber as JMJ será uma alegria imensa. O grupo já tem 16 anos e há muito que sonha com isto. Estamos habituados a estar envolvidos com a nossa comunidade e trabalhamos muito em função dela, com alguma preparação temos a certeza que estamos prontos acolher este evento. “
Em S. Martinho do Campo, o grupo de jovens tem apenas um ano. Preparam-se agora para receber mais elementos acabados de Crismas, acreditam, dizia a Margarida, que o grupo enraizado na paróquia será o motor de engrenagem para o acolhimento nas JMJ. Lembra-se de receber a notícia, juntamente, com todo o grupo, enquanto participavam no Panamá in Douro.
Por fim falamos com o grupo de Lamelas. A Tânia, animadora do grupo, explicou-nos que “nem sempre é fácil gerir um grupo. Principalmente porque nem todos estão no mesmo patamar de idades, vida pessoal e profissional e até de fé. O nosso trabalho é essencialmente paroquial e em parceria com a catequese. Adotamos o “Say yes” para trabalhar com o 7º. 8º e 9º e construi um caminho até ás JMJ 2022. Queremos deixar-lhe o “bichinho”. Além do trabalho com a paróquia a envolvência na vigararia é grande. Há muitas atividades que são preparadas entre paróquias, até mesmo com a catequese. O trabalho na vigararia tem vindo a assentar na representação de vários grupos que trabalhem com jovens e não só grupos de jovens, achamos este esforço fundamental para se trabalhar na pastoral juvenil. Iniciamos o percurso formativa vicarial com a Exortação Apostólica pós sínodo “Cristo Vive”, mas vamos continuar com outros conteúdos. O foco será preparar principalmente a adolescência num caminho até às JMJ 2022. Por outro lado, não queremos que os jovens sintam que a Igreja não tem mais nada para lhes oferecer depois do Crisma, e isso é um trabalho essencial também. Queremos jovens ativos e vivos na vigararia.”
(inf: SDPJ)