Na Solenidade de Cristo Rei, o bispo do Porto exortou os novos Leitores e Acólitos instituídos a estarem ao serviço do Evangelho não trocando a Palavra de Deus por qualquer ideologia. Denunciou o erro de quem pensa que o aborto é direito absoluto e a eutanásia uma opção existencial.
Por Rui Saraiva
No domingo 24 de novembro, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei e Senhor do Universo, foram instituídos 17 fiéis nos ministérios laicais de leitor e acólito. São agora 9 leitores e 8 acólitos candidatos ao presbiterado e ao diaconado permanente e estão a fazer a sua caminhada de preparação no Seminário Maior do Porto e no Seminário Redemptoris Mater. Dois são candidatos ao Diaconado Permanente.
Presidiu à celebração D. Manuel Linda, bispo do Porto na presença dos bispos auxiliares D. Armando Domingues e D. Vitorino Soares, de muitos sacerdotes e diáconos e de uma grande assembleia de fiéis. A animação litúrgica esteve a cargo do Coro da Sé do Porto.
Na sua homilia, o bispo do Porto, falou de realeza e de verdade. Recordou a pergunta de Pôncio Pilatos a Cristo “Que é a verdade?”. Uma pergunta precedida da afirmação de Jesus que afirma ter vindo ao mundo para “dar testemunho da verdade”.
Para D. Manuel Linda a procura da verdade tem “acompanhado a humanidade ao longo da sua história”. Contudo, parece que hoje existe um cansaço na “busca da verdade” – salientou – e cada pessoa “constrói a sua verdade”. E “a verdade das coisas desfaz-se em ridicularias” – afirmou D. Manuel Linda denunciando o erro de quem pensa que “a natureza anatómica e biológica da sexualidade não conta nada para as opções legislativas”, que o aborto é um “direito absoluto” ou que a “eutanásia” pode tornar-se “opção existencial de uma sociedade”.
“Uma sociedade que, na prática, dá cobertura à opção pelo cão, em detrimento do cuidado do pai e da mãe. Ou dos filhos!” – declarou.
O bispo do Porto exortou os Leitores e Acólitos instituídos a colocarem-se ao “serviço da verdade” do Evangelho como “primeira missão oficial do ministro ordenado”.
“Por isso, começais por ser Leitores para proclamar a palavra desse Deus que Se revela em Jesus Cristo” – disse D. Manuel Linda recordando que só depois “é que surge o Acólito, como ajuda à celebração do Verbo eterno e verdadeiro na liturgia oficial” – afirmou.
No final da sua homilia, o bispo do Porto declarou que a “Palavra de Deus” é “força libertadora, instrumento de racionalidade, horizonte da verdade total”. D. Manuel Linda dirigindo-se aos novos Leitores e Acólitos disse-lhes para não omitirem nem trocarem “a Palavra de Deus por qualquer ideologia”. “E lembrai sempre, a vós mesmos e a todos, o que garante o único Senhor: ‘A verdade vos libertará’ – sublinhou o bispo do Porto.
Novos Leitores e Acólitos instituídos
Leitores
Adrián Xavier Arteaga Paucar Equador
Alexandre Manuel Teixeira Moreira Cabeça Santa, Penafiel
David Samuel Brás de Castro Laranjeira Vale de Figueira, Almada
Hugo Joel Pereira Cunha São João de Ovar, Ovar
João Miguel Moreira Azinheira São João da Madeira
José Emanuel R. F. Milheiro Amorim Guetim, Espinho
José Moisés Ramírez Guerra Peru
Pedro Manuel Lopes da Cunha Besteiros, Paredes
Tiago Daniel Machado Dias Ordem, Lousada
Acólitos
Carlos Mauricio Sacta Llivisaca Equador
Joaquim António Pinheiro Madalena, Amarante
Leonel Fernando Gonçalves da Rocha Antas, Porto
Luís Fernando Delindro Gonçalves Rio Tinto, Gondomar
Luís Filipe Menéres de Faria Lencastre Senhora do Porto
Marcos de Sousa e Silva Brasil
Massimiliano Maria Arrigo Itália
Rui Manuel Cunha Campos Santíssimo Sacramento, Porto