
O bispo do Porto presidiu à sessão de abertura do VI Congresso Internacional de Arquitetura Religiosa Contemporânea que decorre no Seminário Maior do Porto. Salientou a necessidade do “trabalho interdisciplinar” entre Arte, Teologia e Arquitetura.
“Arquiteturas para uma nova liturgia. Intervenções no património religioso depois do Concílio Vaticano II” é o tema do VI Congresso Internacional de Arquitetura Religiosa Contemporânea que decorre no Seminário Maior do Porto até amanhã sábado, dia 12 de outubro.
Numa organização conjunta do OARC – OARC Observatório de Arquitetura Religiosa Contemporânea, do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica este encontro é “uma ocasião adequada para revisitar as arquiteturas através de um diálogo aberto entre comunicadores, arquitetos, usuários, artistas e responsáveis por um património que tem originado obras de grande impacto e trocar pontos de vista sobre estas questões” – apontam os organizadores Esteban Fernández-Cobián da Universidade da Coruña, João Alves da Cunha do CEHR e João Luís Marques da FAUP.
Na sessão de abertura esteve presente D. Manuel Linda, bispo do Porto, que na sua breve intervenção exortou os presentes ao “diálogo entre Teologia e Arquitetura”, salientando a necessidade do “trabalho interdisciplinar” entre Arte, Teologia e Arquitetura.
O bispo do Porto sublinhou também o valor da “funcionalidade” na Arquitetura Sacra assinalando que as igrejas são autênticas “casas do povo”, “espaços para celebrar a Fé” – frisou.
D. Manuel Linda pediu aos participantes neste congresso internacional para tentarem “fazer da arquitetura uma oração”.
Em nome da organização deste congresso falou à reportagem da VP João Luís Marques do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da FAUP que salientou ser objetivo deste evento colocar “os investigadores da área da arquitetura religiosa contemporânea a apresentarem as suas preocupações, nomeadamente, sobre a conservação do património”. Salientou a importância da definição de “critérios quando se faz projeto de intervenção em património religioso”.
João Luís Marques considera que a relação entre Teologia e Arquitetura é “frutífera” assinalando a importância da reflexão sobre o desafio da intervenção nas igrejas para que sejam “igrejas para o tempo de hoje”.
Destaque para as comunicações de Bert Daelemans sj, sobre o tema “Povo de Deus, Corpo de Cristo e Templo do Espírito. Matizes e implicações eclesiológicas da arquitetura eclesial pós-conciliar”.e de Walter Zahner, com a conferência “Trabalhar juntos: espaços sagrados e arte contemporânea”.
Participam no VI Congresso Internacional de Arquitetura Religiosa Contemporânea especialistas de Espanha, Itália, Portugal, Brasil, Hungria, Croácia e Austrália.
(RS)