Consistório 2019: Colégio Cardinalício alarga as suas fronteiras

O Vaticano vai receber neste sábado, dia 5 de outubro, o sexto consistório público para a criação de cardeais no pontificado de Francisco, com um conjunto de 13 nomes, que inclui D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé.

A história dos cardeais começa por estar ligar ao clero de Roma, mas chega hoje cada vez mais longe: 88 países passam a estar representados no Colégio Cardinalício e 66 contam com cardeais eleitores, incluindo Portugal.

Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceânia.

Quando foi eleito, o atual Papa tinha como colaboradores apenas 22 cardeais eleitores destes três continentes; em outubro, serão 35, o mesmo número da América (35 eleitores, entre América do Norte, Central e do Sul)

A Europa passa dos referidos 56% para 43,5% dos eleitores (54 cardeais), embora se mantenha uma forte marca da tradição italiana, com 22 elementos neste grupo; apenas os Estados Unidos da América, com 9 eleitores, e a Espanha, com 7, se aproximam desta dimensão.

Um futuro conclave após o dia 15 de outubro (entre os dias 7 e 15 deste mês, quarto cardeais completam 80 anos de idade) teria, assim, 66 eleitores criados no pontificado do Papa Francisco, 42 no de Bento XVI e 16 no de São João Paulo II.

Portugal está representado por outros quatro cardeais: D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, os dois eleitores; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.

(inf: Agência Ecclesia)