
São 85 milhões de cristãos, de mais de 165 países, que o Conselho Consultivo Anglicano – em Portugal tem expressão na Igreja Lusitana -, representa. Também este Conselho está presente no Conselho Económico e Social das Nações Unidas.
Por Joaquim Armindo
De acordo com informação deste Conselho a Comunhão Anglicana aprovou uma declaração chamada “Cinco Marcas da Missão”, a saber: a) Proclamar as boas novas do reinado de Deus; b)Ensinar, batizar e nutrir os novos crentes; c) Responder às necessidades humanas com amor; d) Procurar a transformação das estruturas injustas da sociedade, desafiar toda espécie de violência, e buscar a paz e a reconciliação; e) Lutar para salvaguardar a integridade da Criação, sustentar e renovar a vida da terra. Compromisso missionário que passa por estar presente no nosso mundo e empenhar-se, também, para que os estados membros da ONU e todas as partes interessadas se movimentem no sentido de fazerem compromissos que sejam “corajosos e ambiciosos”, referentes às alterações climáticas. A Comunhão Anglicana – diz -, estará na primeira linha do esforço missionário para a salvaguarda da integridade da Criação e sustentar e renovar a vida da Terra.
Três exemplos são listados nesta imersão da Comunhão Anglicana para a defesa da Criação e da Vida: a Igreja Anglicana da Melanésia recebeu formação da Universidade Southampton, para monitorizar os dados climáticos e estudar os seus impactos nas ilhas Salomão; nas Igrejas Anglicanas do Quénia e Burundi, foram realizadas ações de plantação “em larga escala”, como combate ao dióxido de carbono, tendo a Igreja Anglicana do Burundi se comprometido à plantação de 10 milhões de árvores; a Igreja Anglicana da Inglaterra com a “Transição Pathway Initiative” (TPI) para avaliar e preparar as empresas na transição para uma economia de baixo carbono, conseguiu 15 trilhões de dólares.
A exemplo da 6.ª Conferência do Conselho Mundial de Igrejas, de Vancouver, de 1983, esta 5.ª marca missionária, de 1990, conjuntamente com a Laudato Si` e o Sínodo Pan-Amazónico, são forças realizadoras da vontade de Deus no avanço para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e das Mudanças Climáticas.
Assim o queiramos nós, porque Deus quer!
Joaquim Armindo