
No próximo domingo, 29 de setembro, pelas 16 horas, D. Vitorino Soares será ordenado bispo na Catedral do Porto. Neste tempo de preparação, a Comunidade de Castelões de Cepeda quis agradecer o serviço e dedicação do seu pároco.
O que são 25 anos? Será muito? Será pouco? Alguns dirão que é relativo, porém a comunidade de Castelões de Cepeda descreveu, no passado dia 14 de Setembro, 25 anos como dom. Não um dom como título, acrescentado a um nome como facilmente se poderia prever pela nova missão confiada ao senhor D. Vitorino, antes um dom como dádiva, como donativo. Dádiva e donativo de uma pessoa muito específica, o senhor D. Vitorino Soares que celebrou com a sua comunidade, e com a presença do senhor Bispo D. Manuel Linda, os 25 anos de pároco.
Alguns recordam com nostalgia aquele dia 11 de Setembro de 1994 quando o jovem padre Vitorino entrava na Igreja de Castelões de Cepeda para “tomar posse” desta comunidade, ou melhor dizendo, para se entregar com grande afinco e dedicação a esta comunidade. Alguns olhavam com alguma desconfiança, afinal de contas era um jovem padre sem grande experiência de paroquiar. Olhando para trás, é um percurso bonito, é um crescimento mútuo, é um caminho em comum. Existe quem descreva estes 25 anos como a lua de mel, costuma dizer o senhor D. Vitorino. Poderá já lua de mel durar 25 anos? Afinal o que são 25 anos?
São gratidão. A comunidade várias vezes expressa o seu sentimento confuso, por um lado uma felicidade imensa por ter tido o senhor D. Vitorino como “aquele senhor padre que me casou, que batizou os meus filhos, que, quiçá, casou os meus filhos e batizou os meus netos”, quem sempre nos guiou e ajudou, que sempre esteve ao nosso lado. Em contraponto, “este nosso senhor padre vai deixar de viver connosco”. São 25 anos de enorme gratidão.
O Papa Francisco disse na primeira missa crismal que presidiu enquanto papa que eram necessários “pastores com cheiro das ovelhas”. Até muito recentemente achávamos essa imagem lindíssima, porém era uma imagem uma quanto abstrata, com o tempo começamos a sentir na nossa pele, no nosso quotidiano o que isso era de verdade. Começamos a ver o que é o pastor cuidar do seu rebanho, começamos a ver que se consegue criar um enorme rebanho em 25 anos. Afinal o que são 25 anos?
25 anos são dom, são dádiva, são donativo. Foi isso mesmo que a comunidade de Castelões de Cepeda festejou. Foi isso que uma enorme multidão pretendeu expressar na eucaristia, presidida pelo senhor D. Manuel Linda que afirmou que é necessário que os pastores caminhem com o seu povo na simpatia e não na imposição. É isso mesmo que o nosso pároco fez ao longo deste quarto de século, caminhou connosco na simpatia onde havia sempre espaço para todos, onde tantas e tantas vezes abdicou de si por nós. Posteriormente seguiu-se o jantar. Momento de gratidão mútua, momento de partilha, momento de convívio, momento com cheirinho a despedida.
Afinal o que são 25 anos?
O que são talvez não consigamos responder, porém algo aprendemos nestes 25 anos com o nosso pastor senhor D. Vitorino, que “se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os construtores”.
(inf: Comunidade de Castelões de Cepeda)