
Missas e confissões em horários alargados procuram responder a «enchente» de visitantes.
A Igreja Católica prepara-se para receber quem procura o Algarve no mês de agosto, para um período de férias, procurando oferecer propostas de espiritualidade e silêncio, explica o bispo diocesano.
“Estamos sempre sensibilizados para acolher quem chega, na verdade, é isso que nos é pedido nos meses de verão”, assinala D. Manuel Quintas, em entrevista à Agência ECCLESIA.
O responsável deseja que cada paróquia do litoral seja uma espécie de “hospedaria” dos antigos mosteiros e conventos, que acolhiam peregrinos e os ajudavam a retemperar “não apenas as forças físicas, mas também as forças espirituais”
“Que a vossa presença constitua verdadeiramente um alargamento desta família algarvia. São sempre bem-vindos ao Algarve, para passar férias e para a participação nas comunidades cristãs, que reforçam o sentido desta fraternidade eclesial”, é a mensagem do bispo do Algarve aos turistas que, por estes dias, procuram a região.
As comunidades católicas adaptam-se ao maior fluxo de pessoas, propondo, por exemplo, Missas à noite, no sábado, ou tempos mais alargados de Confissões, como acontece nas paróquias de Tavira a Vila Real de Santo António, valorizando a “dimensão espiritual”.
“Venham todos ao Algarve, passar férias, e aproveitem também as férias para poder retemperar um pouco as forças espirituais”, assinala D. Manuel Quintas.
O bispo sublinha que este é também um tempo para “pôr em ordem a própria vida”, com a ajuda de momentos de oração e de silêncio.
Os horários das Missas estão disponíveis online e até nalguns hotéis, procurando sensibilizar os turistas católicos para a participação nas celebrações.
“Não hesitem em procurar as nossas igrejas”, indica o bispo diocesano.
“Sentimos essa obrigação” de investir na preparação dos ambientes para serem visitados, precisou D. Manuel Quintas.
A diocese procura agora reabrir a Biblioteca do mesmo local.
“Não temos o direito de fechar o património que é de todos e define esta Igreja diocesana”, insiste o bispo do Algarve.
D. Manuel Quintas, natural de Trás-os-Montes, chegou ao Algarve há 19 anos e fala numa experiência “enriquecedora” pela “envolvência” que foi possível criar, tanto como auxiliar de D. Manuel Madureira Dias como, depois, enquanto bispo diocesano, desde 2004.
O bispo do Algarve está a celebrar 50 anos de vida consagrada e para assinalar a efeméride visitou, de 9 a 23 de julho, as dioceses angolanas de Viana e Luena, onde estão os missionários da sua congregação, os Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), às quais a diocese algarvia destinou as renúncias quaresmais deste ano.
“Estes 15 dias foram verdadeiramente um retiro espiritual, que me ajudaram a repensar a missão de bispo dentro deste dinamismo missionário que o Papa Francisco quer incutir”, relata à Agência ECCLESIA.
A partir da experiência que viveu, o responsável pensou em desafiar jovens voluntários ou membros do clero para trabalhos em Angola.
“Ser missionário não é uma questão de geografia, é mais uma questão de postura interior”, concluiu.
(inf: Agência Ecclesia)