
É com alegria, mas com sentido de responsabilidade, que partilho o convite que o Santo Padre, o Papa Francisco me fez: ser Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. Senti-me muito pequenino, sustive a respiração e recuei no tempo 34 anos aquando da minha ordenação sacerdotal. É o mesmo Senhor Jesus Cristo que através da Igreja me concede este dom e coloca em minhas frágeis mãos este desafio. Este dom e este desafio, não são só meus, por isso, também os partilho com toda a Diocese do Porto e agradeço ao Papa Francisco este gesto de confiança. Deus com o Seu Espírito me fortaleça neste novo serviço e me ajude a corresponder com as minhas pobres limitações.
Em primeiro lugar manifesto a minha fidelidade, cooperação e solicitude ao nosso Bipo D. Manuel Linda, com quem continuarei a trabalhar, agora não como humilde pároco, mas como humilde irmão no episcopado. Aos dois Bispos Auxiliares, D. Pio e D. Armando, espero que me acolham como irmão menor e que com tolerância me ajudem a aprender a caminhar como Bispo, são os meus primeiros passos.
O Papa Francisco ao ir buscar um pobre pároco, dá-nos um sinal, que eu gostaria de partilhar com todos os párocos, vendo em mim cada um deles, no trabalho dedicado e silencioso, que sustenta uma boa parte da vitalidade pastoral. Já tenho saudades das minhas crianças, dos jovens, dos doentes, dos velhinhos, das famílias, que espero encontrar e reencontrar de forma multiplicada na nossa amada Diocese do Porto.
Sob inspiração do ano missionário que vivemos, gostaria de contribuir para uma comunhão missionária na Igreja “indo umas vezes à frente para indicar a estrada e sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-me simplesmente no meio de todos com uma proximidade simples e misericordiosa e em certas circunstâncias, caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que se atrasam”. “Somos todos discípulos missionários”, cada um a seu modo, mas não esqueçamos que mestre há um só, o Bom Pastor.
Que Nossa Senhora, Mãe de Cristo e da Igreja, que invocamos com o título de Senhora da Vandoma, cubra o meu curto manto com o seu manto maternal de misericórdia e que a todos no Porto nos abençoe e proteja sem qualquer limite e exceção.
D. Vitorino José Pereira Soares