
Sob o título “O diácono como líder comunitário no Chile”, o jornal “Servir en las periferias”, informa que no Chile existe um diácono por cada 14 828 habitantes, enquanto nos Estados Unidos o número por cada diácono é de 17 270 habitantes; no Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha e México, o número de habitantes por diácono é de 43 664, 45 871, 62 406, 104 360, 138 598 habitantes, respetivamente.
Por Joaquim Armindo
Em Portugal, e também na Diocese do Porto – a que possui mais diáconos -, haverá um diácono por 25 000 habitantes, ou 0,21 diáconos por paróquia (números de 2017, da nossa responsabilidade). No Chile o diácono proclama a Escritura e instruiu o exorta o povo de Deus, administra os sacramentos próprio e dirige obras de caridade e assistência, o que determina um serviço de justiça e igualdade. Especial atenção às questões ambientais, aos jovens e famílias, às comunidades de base e aos pobres, trabalhadores, camponeses, saúde, comunicação social e migrantes.
Mas o diácono no Chile também é um líder comunitário, sendo inclusive encarregado por paróquias, como se observa nas dioceses do Santiago, La Serena e Copiapó. Alguns outros são incumbidos de dirigir as comunidades paroquiais, devido aos poucos padres existentes e ao esgotamento dos presbíteros existentes a nível físico e mental. São nomeados os chamados padres bi-paroquiais, onde o diácono exerce a sua atividade e um padre possui várias paróquias. O diácono possui, assim, a responsabilidade normal da comunidade paroquial, assistido pelo presbítero nas funções que o diácono não pode exercer, nomeadamente eucarísticos e de reconciliação. Há que dizer, contudo, que o diácono permanente não existe por causa da “falta de sacerdotes”, possui um ministério próprio, só que nestes tempos em que isso é uma realidade, substituem os padres como “líderes comunitários”. No Chile ainda desempenham funções de capelães dos hospitais públicos, delegados episcopais, reitores de universidades, lideram programas para os migrantes, às comunidades de diversidade sexual e aos sem-abrigo, entre muitas outras áreas de atuação.
Quando estava a ler esta notícia sobre o Chile, lembrei-me da Diocese do Porto!