Amazónia: um brilho no horizonte

O Sínodo dos bispos do próximo mês de outubro sobre a Amazónia, constitui para todos os cristãos, um brilho da esperança numa Igreja de todos e todas.

Por Joaquim Armindo

São “Novos Caminhos para Uma Igreja e ecologia integral”, que todos e todas devemos percorrer, juntamente com os povos indígenas da Amazónia, as grandes cidades, as zonas rurais, e cada esquina de cada viela, onde nos encontrarmos. A Amazónia é tão importante, que para além da defesa daquele importante território, abrangendo diversos países, temos a nossa cidade do Porto e o nosso país Portugal, qual Amazónia que nos corre nas veias, como sangue derramado. Os pulmões da Amazónia estão a ter uma “cultura de fazer descarte”, é uma região de muitos povos que vivem em harmonia entre si e com a Natureza, a sua riqueza está na biodiversidade, na pluralidade das suas culturas e tradições religiosas. É toda a Humanidade, a Vida e o seu Criador que estão a ser derrubados, pela intervenção humana. É uma região espelho de toda a Humanidade, por isso cabe-nos a nós cristãs e cristãos a sua defesa e exigência de mudanças que regimes como o de Bolsonaro, Trump ou Maduro, não querem.

Se este Sínodo já foi notícia maior, por nele se defender a possibilidade do retomar à vida plena na Igreja das mulheres e da ordenação de homens casados como presbíteros, o que é em meu entender -, um importante avanço na Igreja Católica Romana e uma singular posição de atualização da Igreja – já tardia, diga-se -, não pode apagar aquilo que é de mais substantivo no Sínodo, o querermos viver um futuro tranquilo, ou o “Bem-Viver”, como a Carta da Terra o diz, na construção de um planeta e cosmos que rompa com estruturas que sacrificam a vida, que Deus nos concedeu. A “cultura do encontro” com todas e todos permite um diálogo intercultural, não colonizador, que faça renascer a Fé no descobrir o Reino de Deus, que não é preciso construir, pois ele aí está, é necessário e só descobrir, porque está abafado pelas nossas iniquidades.

Mais que tudo o Sínodo da Amazónia é para nós, dirigido às nossas terras e aos nossos justos quereres, num ecodesenvolvimento da Paz que Jesus nos deixou.