Piedade e devoção na Festa de Santa Rita em Ermesinde

Santa Rita de Cássia, nasceu em 1381 e faleceu em 1447. Foi esposa, mãe, viúva e monja agostiniana. O Santuário de Santa Rita em Ermesinde, o maior da Diocese do Porto, transborda de piedade popular no dia em que o calendário litúrgico celebra as virtudes heroicas desta santa.

texto e fotos Rui Saraiva

A 22 de maio, em cada ano, a devoção enche a Igreja e os claustros. As rosas são o perfume da vida de Santa Rita e a bênção destas flores o momento aguardado pela centenas de fiéis e peregrinos que ali vão celebrar a vida com a esperança de quem reza pela intercessão da Santa das causas impossíveis.

A rosa, sinal de um dos milagres da sua vida, são o símbolo que os fiéis levam procurando que a intensidade do exemplo de fé de Santa Rita possa servir de consolo e motivação nas suas vidas.

O bispo do Porto, na manhã do passado dia 22 de maio, esteve naquele Santuário começando por ter um contacto direto com as crianças do Colégio de Ermesinde. Os meninos e meninas daquela instituição de ensino, com rosas em suas mãos, receberam a bênção de D. Manuel Linda, cantaram um hino a Santa Rita e ouviram o bispo do Porto dizer que Jesus queria que as crianças fossem ter consigo. D. Manuel pediu às crianças para serem amigos de Jesus, tal como Santa Rita.

De seguida, na Solene Eucaristia, com tantos sacerdotes e diáconos e concelebrada pelos bispos eméritos D. António Taipa, que foi bispo auxiliar e Administrador Diocesano do Porto e D. Gilberto Canavarro que foi bispo de Setúbal, o bispo do Porto, que presidiu à celebração, disse na sua homilia que nós somos da “família dos santos”.

Rita de Cássia é santa pela sua profunda amizade com Deus, em todo o percurso da sua vida, de mãe, esposa e religiosa, e isto demonstra – sublinhou D. Manuel Linda – que também os leigos são santos. “Não é algo só para padres, religiosos e religiosas” – lembrou o bispo do Porto recordando o desafio da santidade para os cristãos.

No final da Eucaristia, D. Manuel Linda homenageou o Monsenhor Sebastião Brás e o padre Avelino Silva pelo serviço de longos anos prestado à Igreja no Santuário de Santa Rita.