
A figura de Jonas inspirou Festa Vicarial. A Equipa Vicarial da Catequese da Infância dinamizou um encontro festivo, com catequistas, pais e crianças dos 1.º ao 6.º anos, das doze paróquias da Vigararia de Matosinhos. O encontro teve lugar no Parque das Sete Bicas, na tarde do passado sábado, dia 4 de maio, e coube à Paróquia anfitriã (Senhora da Hora) levar à cena, em cinco atos, a história de Jonas, como figura paradigmática da missão. A Paróquia de Araújo compôs a letra e a música do Hino para o encontro “O Senhor disse a Jonas para ir a Nínive / Ele pôs-se a caminho mas noutra direção / Uma grande tempestade depressa o deteve / Deus deu-lhe uma grande lição”…
Colhendo inspiração na figura e no livro de Jonas, a Festa Vicarial contou com 5 tendas temáticas, cada um delas dinamizadas por duas Paróquias vizinhas. Matosinhos e Leça da Palmeira deram a conhecer “a grande cidade”, terra de horizonte de mar, mas também terra de fé e missão. Lavra e Perafita desbravaram “o caminho através do mar” com dinâmicas de missão, para ir além-mar e ser uma missão na própria terra. Custoias e Santa Cruz do Bispo, onde há estabelecimentos prisionais, organizaram a sua tenda em função do apelo de Jonas a convertermo-nos todos “da violência que ainda há nas nossas mãos”. Guifões e Leça do Balio tinham um “posto médico montado” com o “remédio santo” contra o humor: o óleo de rícino. São Mamede de Infesta e Padrão da Légua exploraram a temática do cuidado da Casa Comum e da chamada “conversão ecológica global” de que fala o Papa Francisco, na sua Encíclica social Laudato Si’. O mote era claro: “Não causeis dano à terra nem ao mar”, tendo em conta o sinal dado no livro de Jonas, em que “homens e animais” vão de mãos dados, nos sinais concretos da conversão, até “porque as decisões do homem, para o bem e para o mal, implicam a salvação ou a catástrofe para toda a criação. Toda a forma de vida que há sobre a Terra é solidária e depende do que realizam as mãos do homem”.
E assim, crianças, pais e catequistas foram convidados a passar pelas cinco tendas, a realizar algumas tarefas, a participar em jogos e atividade, a pôr o carimbo de participação e, por fim, a usufruir do direito a um pin com a mensagem: “Agora, parte tu”. A caderneta, a sinalizar com os carimbos de cada tenda, tinha uma pequena mensagem introdutória, com o título “Jonas é o teu retrato”. E lembrava aos participantes: “Não fiques a ver navios! Passa pelas diversas tendas, como quem navega de cais em cais. Vais ver que esta história de Jonas é mais do que um desenho animado ou um conto marinho para crianças. Jonas é o teu retrato. Vamos lá. Faz-te ao mar, em missão, na tua terra”.
Dom Pio Alves, que acompanha pastoralmente a Vigararia de Matosinhos, esteve presente e andou por entre os presentes. Assistiu ao teatro e passou por todas as tendas.
E assim se viveu a tarde do primeiro sábado de maio, com sabor a missão. Uma tarde luminosa em que o Parque das Sete Bicas se transformou na «grande cidade de Nínive». Maré cheia de alegria e um mar de gente que não ficou a ver navios.
(AG)