“António Barroso e o Vaticano” (17 maio, Paço Episcopal)

“António Barroso e o Vaticano – Correspondência” é um livro de D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para a Cultura, que vai ser apresentado no dia 17 de maio pelas 21 horas no Paço Episcopal do Porto.

O Cón. Jorge Teixeira da Cunha, presidente do Cabido Portucalense e professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica apresentará esta obra na presença de D. Manuel Linda, bispo do Porto.

Esta obra é resultado de três anos de pesquisa do autor no Arquivo Secreto Vaticano sobre as mensagens do antigo bispo do Porto. São publicados mais de 400 documentos, na sua maioria inéditos.

Segundo nota da Aletheia Editores, que publica este livro, D. Carlos Azevedo apresenta “uma breve biografia do prelado barcelense, enriquecida pelos elementos trazidos à luz e estabelece uma primeira cronologia, onde salta aos olhos o itinerário de uma vida agitada e fecunda, ao serviço do Evangelho, e de um exemplar patriota, atento ao maior bem da humanidade”.

“Raras figuras da nossa história religiosa catalisam, como D. António Barroso, a densidade das características da sua época, permitindo no percurso da sua vida (1854-1918) reunir os grandes debates de um arco de tempo significativo” – refere ainda a nota da Aletheia Editores.

No Colóquio sobre D. António Barroso que teve lugar no Paço Episcopal nos dias 7 e 8 de junho de 2018, o bispo D. Carlos Azevedo apresentou uma conferência na qual abordou o perfil de D. António Barroso como bispo portucalense. Em declarações à VP, salientou que o bispo do Porto era um homem frontal e decidido, munido de uma “verticalidade e uma autenticidade” capaz de ter “liberdade” nos pareceres que dava à Santa Sé, revelando “uma autonomia em relação a qualquer jogo que não estivesse de acordo com o Evangelho”.

D. Carlos Azevedo assinalou ainda na ocasião que D. António Barroso “não tinha medo de dizer que discordava de certas normas da Santa Sé”. Um homem que “pegava no Evangelho aplicando-o ao concreto dos tempos” – disse o Delegado do Conselho Pontifício para a Cultura.

D. António Barroso foi já reconhecido pela Santa Sé como Venerável estando a decorre o processo de canonização no Vaticano com a postulação do padre João Pedro Bizarro, sacerdote da diocese do Porto que se encontra a estudar a em Roma.

(RS)