Bispo do Porto: Igreja diocesana “cada vez mais eucarística”

Foto: Rui Saraiva

D. Manuel Linda, na Missa da Ceia do Senhor com o Rito do Lava-Pés declarou desejar “que todas as igrejas paroquiais estejam de portas abertas” e na cidade do Porto “uma pequena capela, no centro histórico, exclusivamente para a adoração ao Santíssimo”

Na Quinta-Feira Santa dia 18 de abril, D. Manuel Linda presidiu à Missa da Ceia do Senhor com o Rito do Lava-Pés na Catedral do Porto. Concelebraram os bispos auxiliares D. Pio Alves, D. António Augusto Azevedo e D. Armando Esteves.

Na sua homilia, o bispo do Porto sublinhou que Jesus na sua vida pública tinha “recomendado a humildade de coração, o não ocupar os primeiros lugares”. Jesus “pediu aos futuros membros da Igreja que se colocassem ao serviço de todos” dizendo-lhes para buscarem “os valores do coração em detrimento das aparências” – lembrou.

D. Manuel Linda recordou o gesto de Jesus na Última Ceia quando decidiu “selar com o exemplo as palavras e os gestos” e aquilo que “tinha transmitido aos discípulos, ao longo de três intensos anos”. Jesus “chocou-os pelo exemplo: lavou-lhes os pés” – afirmou o bispo do Porto salientando as palavras de Jesus: “… assim como Eu fiz, vós façais também”.

Para D. Manuel Linda, a partir da Última Ceia, “Eucaristia e Lava-Pés tornaram-se inseparáveis”. Para o prelado “a Missa é sinal” e “mistério representativo de uma tríplice entrega amorosa: do Senhor por nós, de cada um de nós em favor dos irmãos e de todos nós na direção do Deus de amor”.

Neste sentido, o bispo do Porto declarou que deseja que a “Diocese do Porto” seja “uma Igreja cada vez mais eucarística” onde “não faltem os sacerdotes”, que “celebra festivamente o domingo”, “uma Igreja simples” e “voltada para os frágeis”.

O bispo do Porto deseja também “uma Igreja missionária, em saída” que leve “o corpo de Cristo” aos mundos “da política, da comunicação social, da economia, da cultura e do desporto”.

Em particular, D. Manuel Linda declarou desejar duas concretizações na Diocese do Porto: “que todas as igrejas paroquiais estejam de portas abertas ao longo do dia, com condições de segurança e de vigilância, porventura mediante a permanência de equipas de voluntários; e que, nesta cidade episcopal do Porto, a par das Paróquias, Reitorias e Capelanias, se abra uma pequena capela, no centro histórico, exclusivamente para a adoração ao Santíssimo, em permanência”.

No final da sua homilia, o bispo do Porto lembrou que sendo a Eucaristia o “mistério da fé” esta é também “mistério da esperança e da caridade”.

(RS)