Ciclone Idai: Diocese do Porto ajuda Moçambique

Com as contribuições da Irmandade dos Clérigos e do Fundo Social Diocesano estão já recolhidos 60 mil euros para apoiar as vítimas do ciclone Idai em Moçambique. O bispo do Porto deseja chegar aos 100 mil euros e apela à solidariedade de todos.

Beira, Chimoio, Gurué, Quelimane e Tete, são as dioceses de Moçambique que foram mais atingidas pelo ciclone Idai. O bispo do Porto faz um apelo à ação solidária de todos e disponibiliza a conta do Fundo Social Diocesano: PT50.0018.2194.01559041020.17, com a indicação “Moçambique”.

Contabilizando os contributos do Fundo Diocesano e da Irmandade dos Clérigos foram já reunidos 60 mil euros para ajudar Moçambique. O sonho de D. Manuel Linda é chegar aos 100 mil euros.

Irmandade dos Clérigos doa 50 mil euros

Foi numa reunião de emergência da direção da Irmandade dos Clérigos, que aquela instituição do Porto tomou
a decisão de enviar um donativo de 50 mil euros para apoiar as famílias moçambicanas atingidas pela passagem do ciclone Idai no país.

Nas palavras do Presidente da Irmandade, D. Américo Aguiar é dever desta instituição “apoiar este povo irmão nesta hora difícil”. “As notícias que nos chegam são de uma tragédia sem precedentes naquela região africana, com mais de 3 milhões de pessoas afetadas e já cerca de 5 centenas de vidas perdidas só em Moçambique. Temos todos, dentro das nossas possibilidades, que dar o nosso melhor para minimizarmos os graves danos que este ciclone provocou. Entregamos por isso esta ajuda material aos senhores Bispos de Moçambique, para que com o seu sentido pastoral possam ajudar no terreno os deslocados e desalojados nestes primeiros dias e numa altura que estão a escassear bens de primeira necessidade… queremos que o sofrimento possa ser ligeiramente aligeirado com esta presença” – afirma D. Américo Aguiar em nota enviada à VP.

O Presidente da Irmandade dos Clérigos declara estar a acompanhar com o bispo do Porto, D. Manuel Linda, as “diversas necessidades” das populações moçambicanas que estão a sofrer
as consequências desta catástrofe natural que se abateu sobre aquele país lusófono.
O Presidente da Irmandade dos Clérigos acrescenta ainda que “é nos momentos difíceis que todos devemos agir para além das nossas possibilidades” sublinhando que este é um momento para “gritar solidariedade para com Moçambique”.

Solidariedade do Porto

Entretanto, as instituições e autoridades do Porto estão a disponibilizar verbas e ajudas para as vítimas do ciclone em Moçambique. Destacamos aqui a Câmara Municipal do Porto que vai disponibilizar 100 mil euros para a reconstrução do hospital da cidade da Beira e a Santa Casa da Misericórdia do Porto que vai enviar 25 mil euros em medicamentos e alimentos.

Os dados mais recentes que foram divulgados contabilizam 446 mortos em Moçambique, mais de 1500 feridos, e já foram registados os primeiros casos de cólera. Cerca de 15 mil pessoas aguardam resgate urgente, devido aos ventos fortes, às chuvas e inundações que fustigam a região