Missionário nomeado bispo pelo Papa Francisco. Com data de 22 de março de 2019, o Santo Padre designou como Bispo da Diocese de Tete (Moçambique) o Reverendo Frei Diamantino Guapo Antunes, I.M.C. [Instituto Missionário da Consolata], atualmente superior regional do Instituto em Moçambique e Angola.
Dados biográficos de Fr. Diamantino Guapo Antunes, I.M.C.
O Rev. Fr. Diamantino Guapo Antunes, I.M.C., nasceu em 30 de novembro de 1966, em Albergaria dos Doze, no distrito de Leiria (Portugal). Estudou Filosofia na Universidade Católica de Lisboa (1985-1988) e Teologia em Roma na Pontifícia Universidade Urbaniana (1989-1992). Fez votos perpétuos em 19 de setembro de 1993 em Mauá, Moçambique. Foi ordenado Diácono em 5 de dezembro de1993 em Cuamba, Moçambique, e Presbítero em Fátima, em 20 de julho de 1994.
Licenciou-se em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana (1994-1997), exercendo também funções de formador e doutorou-se na mesma Universidade também em Teologia Dogmática (1997-1999).
Desempenhou os seguintes cargos: Superior local e pároco da paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Mepenhira (Moçambique, diocese de Lichinga. 1999-2002); superior local e pároco da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Mecanhelas e Entre Lagos (diocese de Lichinga, 2002-2005); Conselheiro Provincial em Moçambique (2005-2008); superior local e pároco da paróquia de Nova Mambone (diocese de Inhambane, 2005-2007); pároco da paróquia de Santa Isabel Guiúa (2007-2014),diretor do Centro Catequético (diocese de Inhambane, 2007-2014); vigário episcopal da pastoral dos ministérios da diocese de Inhambane (2007-2014); superior regional do Instituto Missionário da Consolata em Moçambique e Angola (desde 2014); superior da comunidade do Instituto Missionário da Consolata, em Angola (desde 2017). Foi também postulador da causa da beatificação dos catequistas mártires de Guiúa.
A propósito da calamidade que atingiu Moçambique
Em entrevista à Agência Ecclesia, D. Diamantino Antunes, referindo-se à tragédia que se abateu sobre Moçambique devido à passagem do ciclone Idai, considera esta é uma “calamidade natural que atingiu também parte da zona sul da diocese de Tete”. Revelou todo o seu empenho em ajudar a abrir “caminhos de esperança” para as populações atingidas por este ciclone.
“Parece incrível, mas em Inhambane onde estou há seca, não chove, e isto a menos de 800 quilómetros da Beira, onde os efeitos do ciclone mais se fizeram sentir. Este é um ano terrível, há zonas como a zona centro onde tem chovido imenso, inundações, rios que transbordam, ciclones, e outras zonas como a zona sul onde não chove e o ano agrícola está comprometido” – disse D. Diamantino Antunes à Agência Ecclesia.
Segundo o novo bispo de Tete, Moçambique já “ultrapassou momentos muito difíceis” na sua história “mas mas o que se está a assistir neste momento é trágico” – afirmou D. Diamantino Antunes que destacou ser a situação na região da Beira “muito difícil” pois a “água invadiu tudo”.
A Agência Ecclesia recorda que os efeitos da catástrofe natural já provocaram pelo menos 259 mortos em Moçambique, mas há ainda a registar cerca de uma centena de vítimas no Zimbabué e também outras 56 no Malawi, para além de um número elevado de feridos e desaparecidos, incluindo pelo menos 30 portugueses.
A ordenação episcopal de D. Diamantino Antunes, e a tomada de posse como bispo, está para já marcada para dia 12 de maio. A celebração, que acontecerá no Domingo do Bom Pastor em Tete, será presidida por D. Inácio Saúre, arcebispo de Nampula e também membro dos Missionários da Consolata, que dirigiu os destinos da Diocese de Tete entre 2011 e 2017.