Telões recebeu a visita de D. Pio Alves

O bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves, visitou a paróquia de Santo André de Telões na Vigararia de Amarante de 12 a 17 de fevereiro. Publicamos aqui um texto que recebemos dando notícia dos vários encontros desta visita pastoral

A paróquia de Santo André de Telões, da Vigararia de Amarante, recebeu entre os dias 12 e 17 de fevereiro, a visita pastoral de D. Pio Alves, bispo auxiliar da Diocese do Porto, a qual culminou com a cerimónia do Crisma.

Este espaço geográfico, ocupa considerável área territorial, que se estende desde as portas da cidade de Amarante até à orla do concelho de Felgueiras e, por este motivo, a paróquia divide-se em três espaços de culto, todos com vida própria, nomeadamente as capelas de Nossa Senhora de Fátima e Santa Ana e a Igreja Paroquial dedicada ao Padroeiro Santo André.

Todo o trabalho pastoral é desenvolvido há quase 18 anos pelo Pároco, P. Nelson Soares que, atualmente é, também, Capelão do Hospital de Amarante, integrado no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa e Pároco de Figueiró S. Tiago e Figueiró Santa Cristina.

A derradeira visita pastoral havia acontecido há 12 anos, sendo que a da última semana era aguardada com entusiasmo e revelou-se num aturado e intenso trabalho de contacto com o Povo de Deus. As associações, as escolas, diversas instituições e empresas abriram as portas a D. Pio Alves que, assim, teve a oportunidade de conhecer a realidade da terra, assim como as condições de vida, as necessidades e anseios das pessoas.

E, na vertente humana, esta visita revelou-se num verdadeiro encontro do Povo com o seu Pastor. Na semana em que foi assinalado o Dia Mundial do Doente, D. Pio Alves aproximou-se dos mais frágeis, celebrou Eucaristias com Unção dos Doentes, olhou-os olhos nos olhos, dialogou e sentiu as suas dores mais profundas sendo que, em alguns casos, bastaram o silêncio ou um abraço, para que a sua dor fosse mitigada e a sua esperança renovada.
E, neste âmbito, destaca-se a receção de D. Pio Alves no Hospital de Amarante, onde fez visita aos doentes, tendo-se seguido a participação na Conferência “A Humanização Hospitalar Utopia ou Identidade?”.

Deste encontro, amplamente participado por elevado número de profissionais da saúde e outros agentes, sobressaiu a apresentação do projeto “Humanizar +: Eixos estratégicos”, que teve aqui o seu ponto de partida e deverá humanizar pessoas, processos, elos de ligação e espaços.
Ao longo do encontro sobressaiu a ideia de que humanizar é combater a indiferença, é enxergar o próximo com os olhos do coração e, nesse seguimento, D. Pio Alves, na sua intervenção sobre ‘A pessoa e dignidade humana’, afirmou que “todos somos irrepetíveis e que há, sempre, algo mais a fazer e, às vezes, o mais adequado é o silêncio, pois tudo o que se faz conta, tudo o que não se faz conta”, terminando com a afirmação: “O afeto não custa dinheiro!”.

O encontro com as pedras vivas da paróquia, foi outro ponto alto desta visita, no qual marcaram presença significativo número de elementos, ativamente envolvidos nos diversos grupos das Comunidades, nomeadamente catequese, caridade, limpeza, zeladores, acólitos, leitores, coral, ministros extraordinários da comunhão, jovens a famílias. Aqui, D. Pio Alves sentiu o pulso de cada um, pois todos apresentaram objetivamente o seu trabalho e ofereceram ao Prelado um produto da terra ou um objeto que simboliza o seu grupo.

Face a este encontro, regozijou-se com o facto de as três comunidades estarem unidas, trabalho este que se tornou realidade graças ao árduo trabalho pastoral do Pároco, que afirmou admirar, pedindo que esta união seja mantida, pois face ao escasso número de sacerdotes, novos tempos se avizinham. “Temos aqui um enorme potencial para fazer mais e melhor; ânimo, não fecheis portas, alargai horizontes, começando na nossa casa, no próximo mais próximo.”, afirmou.

Os encontros com os catequizados revelaram-se, também, em momentos extraordinários de alegria e entusiasmo pois, tanto os mais novos, como os respetivos pais, interagiram com D. Pio Alves, colocaram questões, obtiveram respostas.

No último dia da visita pastoral, a cerimónia do Crisma na Igreja Paroquial – templo românico, cujas origens remontam aos finais do século IX – foi o ponto alto, tendo sido admitidos 31 jovens que receberam o Espírito Santo e, assim, foram convocados a participarem ativamente na Igreja, como pedras vivas e a construírem pontes com a Sociedade que, todos dias, lança novos desafios aos quais os cristãos têm de estar atentos e darem respostas coerentes com a sua Fé, assumindo este ato como missão.

Seguiu-se um almoço comunitário, que encerrou a visita de Pio Alves, que aqui revelou ter estado de alma e coração nesta Visita Pastoral, que a todos deverá ficar na memória e perdurar como um reavivar de energias para os obreiros do Evangelho nestas Comunidades.

(inf: Rosa Helena Carvalho)