Tema de formação litúrgica na Vigararia de Trofa – Vila do Conde
O Secretariado Diocesano de Liturgia, em colaboração com a Vigararia de Trofa – Vila do Conde, vai organizar um ciclo de formação litúrgica destinada especialmente a todos os servidores da Liturgia nos vários ministérios: da Palavra (leitores), do Altar (sobretudo acólitos ministrantes) e do canto e música (coralistas, salmistas, diretores de coro e da assembleia, organistas). Todos os que nesta Vigararia colaboram de forma habitual no desempenho de algum ou alguns destes serviços litúrgicos são convidados a inscreverem-se e a participar. Podem fazê-lo junto dos respetivos párocos ou do Assessor vicarial para a Liturgia.
Esta ação realizar-se-á no Centro Pastoral de Guilhabreu durante três sextas-feiras – 8, 15 e 22 de fevereiro – das 21h30 às 23h15. A formação terá como tema unificador a vivência e celebração do Tríduo Pascal. Após um canto congregador, as sessões começarão sempre com um breve tempo de apresentação da liturgia do Tríduo (cerca de 15 m). Seguir-se-á um trabalho principalmente prático por 4 setores, que poderão ser subdivididos se o número dos inscritos o justificar: leitores, acólitos, coro e salmistas. O último encontro terminará de forma conjunta com a participação de todos numa breve celebração pedagógica, de caráter para-litúrgico.
A escolha do tema explica-se facilmente: a Páscoa é o centro e o cume de toda a vida litúrgica da Igreja; é a meta da caminhada quaresmal; é a plenitude que transborda para todo o tempo pascal; é o mistério do qual continuamente nasce e se alimenta a Igreja; celebrada de forma solene no sacratíssimo Tríduo, celebra-se igualmente no ritmo de cada semana naquela que é a festa primordial dos cristãos: o Domingo. O nº 18 das «Normas Gerais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário» – documento promulgado há, precisamente, há 50 anos por São Paulo VI – explica de forma perfeita esta prioridade:
«O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de todo o ano litúrgico, porque a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal, pelo qual, morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a vida (cf. SC 5). A proeminência que na semana tem o domingo temna no ano litúrgico a solenidade da Páscoa (cf. SC 106)».
A Carta Circular da Congregação para o Culto Divino sobre a preparação e celebração das festas pascais (documento de 1988 que não perdeu atualidade) destaca, igualmente essa proeminência da Páscoa:
“Tal como a semana tem o seu início e o seu ponto culminante na celebração do Domingo, sempre caracterizado pela sua índole pascal, assim também o centro culminante de todo o ano litúrgico refulge na celebração do sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, preparada pela Quaresma e prolongada na alegria dos cinquenta dias seguintes” (nº 2).
A «solenidade da Páscoa» celebra-se portanto, no «Sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor». Sendo esse o ponto mais alto do ano litúrgico, as celebrações que o integram são, portanto, as mais importantes na vida das nossas paróquias e comunidades cristãs. Importa ajudá-las a celebrar em espírito e verdade este centro de todo o ano litúrgico e da vida cristã. Daí esta opção formativa do S.D.L. Por isso também se investiu na «novidade» encomendando a compositores de música litúrgica novos Cânticos de Comunhão para cada uma das celebrações do Tríduo Pascal numa proposta que contemplará vários graus de exigência técnico musical, desde o mais acessível ao mais elaborado e exigente, procurando não perder do horizonte as reais capacidades das nossos assembleias e dos seus coros.