Cardeal António Marto passa a integrar Academia Portuguesa de História

O cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, é recebido na quarta-feira, dia 9 de janeiro como “académico de mérito” da Academia Portuguesa de História (APH), anunciou neste sábado dia 5 a agência Lusa, passando a fazer “companhia” na instituição ao também cardeal D. Manuel Clemente.

Na sessão solene, que decorre às 15h00 no palácio dos Lilases, em Lisboa, com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, serão acolhidos, como académicos honorários, Pedro Santana Lopes, António Miguel Forjaz Pacheco Trigueiros, José Alarcão Troni, José Bouza Serrano e Fernando Baptista.

D. António Marto marcará também presença, no dia 17, na apresentação do livro “Diocese de Leiria – Informações Paroquiais de 1721”, de Agostinho de Sousa Matias e Mário Rui Simões Rodrigues, em encontro marcado para as 20h30 no seminário diocesano.

Nascido em 1947 no concelho de Chaves, o prelado concluiu o doutoramento em Teologia Sistemática na Universidade Gregoriana (Roma), foi professor de Teologia na Universidade Católica, sendo membro da sua Sociedade Científica. É bispo desde 2000 e em 2018 foi criado cardeal pelo papa Francisco, que em outubro o nomeou membro do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. É vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa desde abril de 2014, missão que também exerceu entre 2008 e 2011.

Entre os membros da Academia encontram-se D. Francisco José Villas-Boas Senra de Faria Coelho, arcebispo de Évora, D. Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura, D. António Montes Moreira, OFM, bispo emérito de Bragança-Miranda, P. Aires do Nascimento, SMBN, P. Joaquim Chorão Lavajo, Fr. Geraldo José Amadeu Coelho Dias, OSB, Fr. Henrique Pinto Rema, OFM (condecorado em outubro pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique) e Adriano Moreira, distinguido pela Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, com o prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes.

Com a entrada, a 9 de janeiro, de um total de 12 pessoas, a APH, fundada em 1720 por João V e restaurada em 1936, passa a contar com 459 académicos, entre membros de “mérito”, “honorários”, de “número”, “beneméritos” e “correspondentes”.

Até abril, a Academia prevê a realização de 11 sessões, a iniciar a 16 de janeiro com o historiador madeirense José Eduardo Franco, co-coordenador da publicação da “Obra Completa do padre António Vieira”, que falará sobre “Fernando Augusto da Silva, um pioneiro da construção de um saber enciclopédico regionalizante. Nos 600 anos do descobrimento oficial do arquipélago da Madeira”.

A Academia Portuguesa da História «é uma instituição científica de utilidade pública, reunindo especialistas que se dedicam à reconstituição documental e crítica do passado, materializada na organização de eventos e publicações, nomeadamente de fontes e obras que, com o necessário rigor científico, facilitem a todos os portugueses o conhecimento da sua História. É igualmente órgão consultivo do Governo na matéria da sua competência».

(inf: Rui Jorge Martins I Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura)