Reuniu-se o Conselho Diocesano de Pastoral: acompanhar e integrar a todos

Sob a presidência do Bispo do Porto, D. Manuel Linda, com a presença dos seus bispos auxiliares, reuniu pela primeira vez o Conselho Diocesano de Pastoral (2018-2023), no dia 24 de Novembro, na Casa Diocesana de Vilar.

Começou D. Manuel Linda, na palavra de abertura, por realçar que a pastoral, mais do que um estudo académico, é essencialmente a disponibilidade do coração que permite conhecer o coração das pessoas. Sendo um órgão de coordenação e de corresponsabilidade, o Conselho Diocesano de Pastoral deverá procurar os melhores caminhos pastorais para a diocese. Permitirá também dinamizar o sonho de levar o Evangelho a todos, ou seja, de colocar toda a diocese em dinamismo missionário. Através dos seus delegados permitirá que a sensibilidade das paróquias e vigararias chegue ao coração da diocese.

De seguida, procedeu-se à eleição da Comissão Permanente. Foram eleitos os seguintes elementos: Isabel Maria Ribeiro, Marta Isabel Sousa, Mónica Alexandra Correia, Ângelo Soares, Paulo Rodrigues, irmã Maria Helena Aires, padre António Pais, padre Emanuel Brandão. A Comissão Permanente escolheu como secretário o padre Emanuel Brandão e como segundo secretário Ângelo Soares.

Após o intervalo foram apresentadas várias prioridades pastorais para a diocese do Porto. As vocações de especial consagração, os jovens, o anúncio do Evangelho com especial destaque para a catequese, as famílias devem ser as grandes prioridades pastorais. Deve suceder um maior e melhor acompanhamento e integração no tempo a seguir aos sacramentos do Crisma e do Matrimónio. Deve acontecer também uma renovação das pessoas com responsabilidade nos grupos paroquiais para se evitar o cansaço e a queda em rotinas paralisantes. A Igreja deve estar atenta e pronunciar-se com ousadia profética sobre as questões sociais. Para congregar esforços e evitar desorientações seria bom a existência de critérios comuns e unidade de ação para alguns setores da pastoral. A formação de catequistas e de todos os leigos continua a ser uma grande urgência pastoral. Mais do que transmissão de conteúdos, que devem ser atualizados, a catequese deve assumir a linguagem do testemunho e da narração.

Após a reflexão em grupo sobre o documento «Anunciar o Evangelho da Família», sobre a Pastoral da Família, foram apresentadas em plenário algumas achegas sobre a integração das pessoas que se encontram nas chamadas situações irregulares. A preparação do sacramento do Matrimónio e o acompanhamento dos casados, principalmente dos casais novos, devem ser a prioridade da pastoral familiar. As diretrizes diocesanas sobre o acompanhamento das pessoas em situação de fragilidade são muito necessárias e oportunas e revelam o rosto misericordioso da Igreja, que quer acolher a todos. Deve haver uma atenção muito especial a cada pessoa, porque a situações humanas são muito diferentes. Constata-se que existe pouca informação e esclarecimento sobre as questões de nulidade matrimónio. Deve existir uma maior e melhor integração de todos os que não vivem em plenitude o sacramento do Matrimónio. É urgente educar as comunidades cristãs para o acolhimento e integração dos divorciados recasados.

Na palavra final, D. Manuel, agradecendo a disponibilidade de todos os conselheiros, manifestou a sua alegria pela forma intensa e produtiva dos trabalhos. Vincou mais uma vez a importância do Conselho Pastoral como instância onde se pode sentir o pulsar de todas as sensibilidades da pastoral diocesana. Terminou sugerindo que o Conselho de Pastoral na primeira reunião deverá proceder a uma avaliação da implantação do plano pastoral, na segunda refletir de maneira mais aprofundada sobre um tema pastoral e na terceira propor objetivos e ações para o plano diocesano de pastoral.

(inf: padre Emanuel Brandão)