Caminhada pela Vida percorreu 5 cidades de Portugal

A Federação Portuguesa pela Vida organizou no passado sábado dia 27 de outubro a VIII edição da Caminhada pela Vida para defender a cultura da vida sobre a cultura da morte. Desta vez o lema desta importante iniciativa foi “A vida em 1º lugar”. Um evento que procura dar resposta às palavras do Papa Francisco: “apareçam sempre mais homens e mulheres de boa vontade que abracem corajosamente a verdade da dignidade e valor que cada ser humano tem para Deus.”

Movido pelo apelo do Santo Padre, assim como pela necessidade de dar voz aqueles que ainda não podem ou já não podem defender-se, fora milhares os que se mobilizaram em Portugal para a Caminhada pela Vida defendendo a inviolabilidade da vida humana. Esta decorreu em simultâneo em 5 cidades: Lisboa, Porto, Viseu, Braga e Aveiro.

No próximo ano de 2019, ano de eleições, a Federação Portuguesa pela Vida promete estar atenta e atuante em defesa da vida junto dos políticos. Irá mesmo lançar um questionário a todos os partidos e aos cabeças de lista candidatos às eleições europeias e legislativas.

A organização desta iniciativa enviou à VP o texto que foi pronunciado na Caminhada pela Vida no Porto. Publicamos aqui:

“Só caminha quem tem esperança, uma meta clara e um ideal. A caminhada pela vida – nesta segunda edição portuense – é um sinal de esperança e do caminho que queremos fazer, enquanto portugueses plenamente comprometidos com a justiça e a verdade. É possível não nos resignarmos na indiferença diante daquilo que nos querem fazer aceitar como inevitável e insusceptível de ser mudado. Queremos afirmar com coragem e alegria o valor da vida humana, sobretudo da mais frágil e indefesa: a vida dos ainda não nascidos e dos mais velhos e fracos, dos doentes e deficientes, das mães sozinhas e empurradas, tantas vezes sem piedade, para a falsa solução do aborto. A vida sempre foi um motivo de esperança. Hoje, na sociedade portuguesa, é uma missão. É a nossa missão. Abraçamo-la com orgulho e não a deixaremos cair. Muitos ou poucos, seremos gente de esperança, com uma meta clara e um ideal.

Não estamos aqui para nos opormos a quem quer que seja, nem nos deixaremos barricar na amargura e no desânimo. Viemos para afirmar a dignidade de toda a vida humana, desde a concepção até à morte natural. Fazêmo-lo sem vergonha e sem medo. Uma sociedade que não valoriza a vida entrega-se à destruição pelo egoísmo e pela cultura do descarte. Queremos cuidar  de todos, a começar pelos que mais precisam. Estamos conscientes que não bastam estas manifestações pela vida. A vida defende-se onde cada um de nós – que a amamos – vive: na família, nas escolas, nas associações, no trabalho, na intervenção política, no quotidiano, enfim, da vida social. Estamos aqui para renovar o nosso compromisso e a nossa esperança. É possível, é realmente possível, mais, é necessário, afirmar e viver esta justíssima causa.

Este ano caminhamos sob o lema “a vida em primeiro lugar”. Não se trata de um mero slogan. É um critério e um apelo. Um critério, porque de nada servirão estas iniciativas se não escolhermos construir o nosso destino colectivo no sólido fundamento do respeito pela vida humana. É um apelo, porque queremos fazer ouvir a nossa voz em defesa da vida junto dos responsáveis políticos.

A vida que hoje estamos a celebrar é um dom, que temos a honra e a alegria de proclamar e defender na praça pública. O simples facto de estarmos aqui é um sinal de esperança e um compromisso pela caminhada que o valor da vida tem de fazer no coração de cada um e no coração de Portugal.

Viva a Vida.”