No passado domingo, 7 de outubro, D. Manuel Linda presidiu pela primeira vez à celebração de investidura de novos Ministros Extraordinários da Comunhão [= MECs] ao serviço da Diocese do Porto. Por impedimento da Catedral, a celebração teve lugar na bela Igreja de São Lourenço (dita «dos Grilos»), do Seminário Maior do Porto que generosamente se disponibilizou. Foram designados 186 MECs, de 63 paróquias e 5 comunidades não paroquiais. Destes, 76 são do sexo masculino (41%), 35 têm até 35 anos e 78 entre 36 e 50 anos.
Os candidatos participaram em 4 encontros de formação (num total de cerca de 12h) em que se abordaram temáticas importantes para a identidade e missão dos MECs: O Mistério eucarístico e a sua celebração; os MECs numa Igreja ministerial; a espiritualidade dos MECs. Todos reconhecem que seria conveniente dar mais tempo a esta formação inicial, embora também se constate a dificuldade de muitos em frequentá-la devido às distâncias e, sobretudo, à multiplicidade dos compromissos profissionais e eclesiais de muitos dos que são propostos para este serviço nas suas comunidades.
D. Manuel Linda, na sua homilia começou por referir as duas Mesas de que consta a celebração do mistério eucarístico e a cujo serviço se colocam os MECs que vão ser designados: Palavra e Eucaristia. São as duas mesas que alimentam a Igreja e a constituem, requerendo o acolhimento da inteligência e da afetividade.
Reportando-se às leituras bíblicas proclamadas na Liturgia da Palavra desse Domingo (27º do Tempo Comum, Ano B), vincou a sua adequação e oportunidade, mesmo para uma assembleia tão especial. Nelas emergiam situações de desequilíbrio que Jesus veio superar: entre o homem e a mulher; entre adultos e crianças… Jesus pôs-se de lado dos que não contavam, dos excluídos e desprezados. O evangelho apresenta uma nova cultura e nova maneira de ver. Somos todos iguais e devemos viver em fraternidade. É este Jesus que os MECs têm de testemunhar e anunciar para renovar a história da humanidade. De facto, os MECs respondem a uma premente necessidade: levar ao nosso mundo a Palavra e a Presença de Jesus Cristo.
Esta missão não é, principalmente para se exercer dentro da Igreja. É preciso levar Cristo lá fora, a crentes ou não. Ele deve chegar como uma grande e bela notícia não só àqueles que já o conhecem e desejam receber em Comunhão, mas também a outros que ainda o não conhecem.
D. Manuel sublinhou que o serviço dos MECs é para se desempenhar fundamentalmente fora da Igreja, em favor daqueles que estão impedidos de a ela se deslocar. Sublinhou, por fim, que os MECs têm de ter uma ligação muito forte aos seus párocos com os quais devem estar em sintonia e colaboração. Esta é uma implicação da união a Jesus Cristo e à celebração eucarística da comunidade.
Formação Permanente
No próximo Domingo (14/10), no Centro Pastoral de Amarante, completar-se-á mais um ciclo da formação permanente oferecida pelo S.D.L. aos MECs, duas vezes por ano, de forma descentralizada. No conjunto dos vários centros, participaram nesta ação perto de 2000 MECs.
O tema formativo foi orientado por equipas do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde que abordaram a temática do Encontro dos MECs com as pessoas mais fragilizadas, pela doença ou pela idade avançada. Houve uma exposição teórica que ajudou os MECs a refletir sobre a espiritualidade e necessidades espirituais dos enfermos, sobre os intervenientes do encontro e sobre a relação empática MEC – Enfermo.
A anteceder e a prolongar a componente teórica, a Equipa da Pastoral da Saúde trabalhou, sobretudo, a componente prática, com oportunas simulações da visita do MEC a um enfermo particularmente fragilizado. Uma das questões que emergiu nestas encenações realistas foi a necessidade de prestar atenção e cuidados efetivos aos cuidadores.