Prémio D. António Francisco atribuído aos Jesuítas: reações dos premiados

Foto: João Lopes Cardoso

Os vencedores do Prémio D. António Francisco falaram à reportagem da VP: o Centro Comunitário São Cirilo e o JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados) – Portugal pelo seu trabalho na Unidade Habitacional de Santo António do Centro de Instalação Temporária para migrantes em situação irregular do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. 

Sobre o Centro São Cirilo a VP falou com o presidente da direção, o padre Luís Ferreira do Amaral que revelou a sua satisfação pelo reconhecimento conferido por este Prémio:

“Foi com grande alegria que nós tomamos conhecimento deste Prémio e serve para confirmação do trabalho no Centro Comunitário São Cirilo. E também por esta causa que é tão atual no apoio a pessoas nacionais, internacionais, migrantes e refugiados. Pessoas que precisam de ajuda. Este Prémio confirma o nosso trabalho” – declarou.

O padre Luís Ferreira do Amaral assinalou ainda que D. António Francisco dos Santos era “um bispo muito querido nesta diocese” era alguém “que demonstrava claramente uma preocupação social, com os mais fracos e com os mais pobres”. O sacerdote jesuíta confessou também sentir uma “certa responsabilidade pelo trabalho futuro” que vierem a desenvolver no Centro São Cirilo.

Por sua vez, do trabalho dos jesuítas no âmbito da Unidade Habitacional Santo António, falou à reportagem da VP o Dr. André Costa Jorge que é o diretor do JRS em Portugal:

“Enorme gratidão e reconhecimento pela atribuição do Prémio ao nosso trabalho no Porto no âmbito do acompanhamento que fazemos a migrantes que estão em espaço de detenção administrativa. Um trabalho muitas vezes difícil e silencioso sobre o qual tem sido feita uma reflexão profunda em todo o mundo. Concretamente, em Portugal, temos este trabalho de acompanhamento. É um motivo de grande orgulho” – afirmou.

O diretor do JRS-Portugal, recordou à VP a grande visão cristã e humana de D. António Francisco dos Santos e as suas constantes palavras “que nos desafiavam muito a sermos criativos, a sermos ousados na ação que fazemos” – declarou o Dr. André Costa Jorge acentuando a vulnerabilidade e fragilidade das pessoas migrantes ou refugiadas que vivem uma situação de detenção administrativa.