Nesta terça-feira dia 11 de setembro as instituições que promovem o Prémio D. António Francisco, resolveram reconhecer o trabalho dos Jesuítas no campo do apoio aos migrantes e refugiados, em particular, o Centro São Cirilo e a Unidade Habitacional de Santo António, Centro de Instalação Temporária para migrantes em situação irregular do SEF.
Foi no Palácio da Bolsa que os galardoados receberam este Prémio atribuídos pela Associação Comercial do Porto na pessoa do seu presidente Dr. Nuno Botelho, a Irmandade dos Clérigos representada pelo presidente padre Américo Aguiar e a Santa Casa da Misericórdia do Porto representada pelo seu Provedor Dr. António Tavares. Destaque para as presenças do bispo do Porto, D Manuel Linda e dos seus bispos auxiliares, D. António Taipa, D. Pio Alves e D. António Augusto e ainda do Secretário do Núncio Apostólico em Portugal, Monsenhor Amauri.
Em declarações aos jornalistas D. Manuel Linda recordou que D. António Francisco foi um homem que “marcou a cidade e a diocese”, em particular, através da “sua sensibilidade”.
“Este prémio, que se destina a galardoar quem está presente junto de todos, particularmente dos mais humildes, é uma ótima memória de D. António Francisco” – salientou D. Manuel Linda.
Sobre o Centro São Cirilo a VP falou com o presidente da direção, o padre Luís Ferreira do Amaral que revelou a sua satisfação pelo reconhecimento conferido por este Prémio:
“Foi com grande alegria que nós tomamos conhecimento deste Prémio e serve para confirmação do trabalho no Centro Comunitário São Cirilo. E também por esta causa que é tão atual no apoio a pessoas nacionais, internacionais, migrantes e refugiados. Pessoas que precisam de ajuda. Este Prémio confirma o nosso trabalho” – declarou.
O padre Luís Ferreira do Amaral assinalou ainda que D. António Francisco dos Santos era “um bispo muito querido nesta diocese” era alguém “que demonstrava claramente uma preocupação social, com os mais fracos e com os mais pobres”. O sacerdote jesuíta confessou também sentir uma “certa responsabilidade pelo trabalho futuro” que vierem a desenvolver no Centro São Cirilo.
Por sua vez, do trabalho dos jesuítas no âmbito da Unidade Habitacional Santo António, falou à reportagem da VP o Dr. André Costa Jorge que é o diretor do JRS em Portugal:
“Enorme gratidão e reconhecimento pela atribuição do Prémio ao nosso trabalho no Porto no âmbito do acompanhamento que fazemos a migrantes que estão em espaço de detenção administrativa. Um trabalho muitas vezes difícil e silencioso sobre o qual tem sido feita uma reflexão profunda em todo o mundo. Concretamente, em Portugal, temos este trabalho de acompanhamento. É um motivo de grande orgulho” – afirmou.
O diretor do JRS-Portugal, recordou à VP a grande visão cristã e humana de D. António Francisco dos Santos e as suas constantes palavras “que nos desafiavam muito a sermos criativos, a sermos ousados na ação que fazemos” – declarou o Dr. André Costa Jorge acentuando a vulnerabilidade e fragilidade das pessoas migrantes ou refugiadas que vivem uma situação de detenção administrativa.