Campanhã celebra festa da padroeira

Decorrem, de 30 de agosto a 9 de setembro, a festa da padroeira da freguesia e da paróquia de Santa Maria de Campanhã, na zona oriental da cidade do Porto.

Esta festa da padroeira é assinalada já há muitos séculos, celebrada em torno do dia 8 de setembro, festa da Natividade de Santa Maria.

As celebrações iniciaram-se em 30 de agosto, com a tradicional novena, todos os dias às 21h30, anunciada pelo repique dos sinos da igreja matriz, e seguida de atuações grupo Zé Neves e do Rancho de danças e cantares de Campanhã. A festa tem o seu dia central em 8 de setembro, sábado, e será abrilhantada pela Banda Musical de S. João da Madeira, com atuação em cortejo, a partir das 14h, desde o cimo da rua da Senhora de Campanhã, S. Roque da Lameira, Praça da Corujeira  e rua do Falcão, até à Matriz, onde apresentará um concerto.

O dia será assinalado com celebrações: missa  às 8h30, a Missa solene às 11h, o concerto da Banda e celebração também às 19h, seguida de concerto do grupo Expresso 86, no palco do adro da igreja, concluindo com fogo de artifício previsto para as 23h45. No dia 9 de setembro, domingo, realiza-se a 17.ª volta a Campanhã em bicicleta, com chegada prevista para as 12h. Às 17h, sairá a procissão solene, da Capela de S. Roque até à igreja Matriz, descendo a rua das Escola e do Falcão, concluindo com atuação da Rádio Festas, vários artistas e música para dançar e conviver, no palco do adro da igreja.

A memória da “Ecclesia Sanctae Mariae de Campanham” data já do ano de 920. No monte de Campanhã, como se vê do rio, houve mosteiro e igreja pelo século XIV. As guerras (invasões francesas em 1809 e lutas liberais em 1832) provocaram graves destruições da igreja. A igreja atual, datada do início do séc. XVIII (1714), possui um belo teto em caixotões com pinturas referentes a vários mistérios cristãos, que se encontram em processo de restauro. A bela  imagem da Senhora de Campanhã data provavelmente do século XV. Possui ainda púlpito no corpo da igreja e um órgão de tubos datado do século XIX. O altar mor dispõe de talha de inspiração do período barroco. Merece referência a capela de S. Roque, na rua do mesmo nome, próxima da Praça da Corujeira, e a “Fonte da Senhora”, que assinala o aparecimento em ano de seca de uma fonte considerada benfazeja.