Fundação Spes apresentou dois livros na Paróquia de Valadares

No passado dia 12 de julho na Paróquia de Valadares foram apresentados dois livros da Fundação Spes. Presente o bispo do Porto, D. Manuel Linda, D. Jorge Pina Cabral, bispo anglicano, o presidente da Fundação Spes, José Ferreira Gomes e o Pároco de Valadares, padre Emanuel Brandão. A este propósito recebemos o seguinte texto que aqui publicamos. 

“Editados pela Fundação Spes, foram apresentados, no Salão Paroquial de Valadares, Vila Nova de Gaia, no dia 12 de Julho de 2018, pelas 21:30h, dois livros: «A reforma aos 500 anos (1517-2017)» e «Pensamento e ação pastoral de D. António Ferreira Gomes. Receção pastoral do Concílio Vaticano II na diocese do Porto (1969-1982)». Estiveram presentes cerca de 250 pessoas. A primeira obra trata-se de uma coletânea do Ciclo de conferências sobre 500 anos da reforma, organizadas pela Fundação Spes, durante o ano de 2017. Coube a apresentação a D. Jorge Pina Cabral, Bispo da Igreja Lusitana.

A partir da figura de Lutero como exemplo de fé e de busca do verdadeiro Deus, o bispo Pina Cabral vincou a influência da reforma protestante em várias áreas da cultura moderna e contemporânea. Realçando que estas reflexões podem ser um contributo muito válido para o crescimento do ecumenismo no Porto, fez votos que na relação ente católicos e protestantes se passe do conflito à comunhão.

A segunda obra, trata-se da tese de douramento em «Teologia Pastoral», defendida na Universidade Pontifícia de Salamanca, do padre Emanuel Brandão, Pároco de Valadares. A apresentação foi feita por D. Manuel Linda, que também prefacia a obra. Apresentou como grande novidade da obra a reflexão sobre o que do melhor co Concílio chegou à diocese do Porto. Dividiu a sua explanação em três temas: o laicado, a formação do clero, a renovação da linguagem teológica.

D. António Ferreira Gomes a partir do sacerdócio comum dos fiéis apresenta a colegialidade e a corresponsabilidade entre todos os cristãos como uma das grandes novidades da doutrina conciliar. Assim, desde que voltou do exílio, uma das grandes preocupações de D. António foi adaptar as estruturas eclesiais, mormente os organismos de comunhão e de participação, á medida e ao estilo do Vaticano II e dando o devido relevo ao laicado. Como existe uma correlação entre renovação da Igreja e renovação do ministério ordenado, a grande renovação do ministério passa por o clero perceber que não há sacerdócio ministerial que não seja para o sacerdócio universal.

As transformações profundas na cultura contemporânea exigem uma atualização da linguagem teológica à sensibilidade do homem de hoje. Consciente que o Concílio ainda continua atual e a ser o farol da Igreja dos nossos tempos, terminou D. Manuel por apresentar o Papa Francisco e seu dinamismo pastoral como um dos grandes frutos da renovação conciliar!”

(inf: Paróquia de Valadares)