
A igreja de S. Martinho de Cedofeita, no centro do Porto reabriu a sua nave principal aos fiéis e ao público no sábado 7 de julho com promessas do Agrupamento CNE daquela paróquia e com a bênção de uma nova viatura automóvel para o Centro Social Paroquial de Cedofeita.
Recorda-se que a igreja foi há algum tempo atrás vítima de um incêndio que lhe provocou estragos assinaláveis, especialmente no seu mobiliário, nas suas obras de arte e vitrais (da autoria da escola de Júlio Resende) e no grande órgão de tubos, que teve que ser integralmente reformulado.
Após aturados e longos trabalhos de recuperação, durante os quais as celebrações tiveram como cenário a cripta da igreja, o pároco, Padre Fernando Manuel Ferreira da Silva, teve a alegria simples de poder reiniciar as celebrações na grande nave da igreja, ao sol coado dos seus vitrais e perante a histórica imagem de S. Martinho, do Cristo Ressuscitado e ao sol coado pelos significativos vitrais. Uma pagela memorial recorda um poema de Sophia de Mello Breyner, escrita para a Páscoa de 1990:
“Situada no tempo
Para habitação da eternidade
Aqui procuramos pensar reconhecer
Sem máscara ilusão ou disfarce
E procuram os manter nosso espírito atento
Liso como a página em branco
Aqui para além da morte da lacuna da perca e do desgaste
Celebramos a Páscoa
Aqui celebramos a claridade
Porque Deus nos criou para a alegria”.