Conselho Mundial das Igrejas

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) é a maior organização internacional de cristãos. Centenas de tradições religiosas estruturam-se à volta desde Conselho, para a tomada de posições comuns. Uma rede importante de cristãos se revêm nas aproximações para Jesus, neste caminho ecuménico no respeito à unidade na sua pluralidade. Igrejas ortodoxas, anglicanas, luteranas, velho-católicas, metodistas, presbiterianas e evangélicas fazem parte do CMI, onde a Igreja Católica Romana tem assento, como observadora. Ficou famoso o seu congresso de Upsala-1968, onde a defesa da Paz e da Criação foram as tonalidades mais determinantes. Nisto as igrejas estavam de acordo. Numa atitude de humildade ecuménica defender-se-ia uma reconciliação de cada um consigo próprio, de uns com os outros e de todos com a Criação. Em Portugal deu apoio importante ao Centro Ecuménico da Figueira da Foz, local onde muitos apelos à paz foram realizados, quando o nosso país fomentava a guerra contro os povos que dominou.

Este ano o CMI comemora 70 anos de vida e por isso reuniu à sua volta inúmeras igrejas, entre as quais a Igreja Católica Romana, na pessoa do papa Francisco. O Rev. Dr. Olav Fykse Tveit, secretário-geral da organização, referiu que a importância deste encontro residia em estarmos todos juntos, para podermos fazer muito mais, que separados, por aqueles que precisam dos cristãos. Valorizou a visita do papa Francisco que demonstra à saciedade a possibilidade de se criarem novas expressões de unidade, justiça e paz. Neste aniversário que marca também os 50 anos de trabalho com a Igreja Católica Romana, demonstram a superação das divisões e discórdia, dos conflitos e dos traumas causados. Esta unidade é possível, porque o Espírito Santo atua para que caminhemos, oremos e trabalhemos juntos. Juntos e mobilizados também pela concretização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

O papa Francisco, dirigindo-se às irmãs e irmãos do CMI, lembrando a necessidade de se encontrar coragem para acreditar na unidade, que é uma consequência da salvação. O ecumenismo exorta-nos no nosso caminho de “superar a tentação de absolutizar certos paradigmas culturais” e a não sermos servos de nós próprios. Todos juntos vamos lutar contra a indiferença de alguns cristãos, para sermos “bons samaritanos” para as mulheres e os homens de hoje – disse.