Foi com a presença do Bispo Auxiliar do Porto, D. António Augusto Azevedo, do Pároco de Vila Chã (Paróquia onde se situa o santuário), P. José Manuel Araújo, do Presidente da Câmara de Vale de Cambra (cidade de que o santuário constitui agora um ponto de referência), José Manuel Pinheiro e Silva, de membros da vereação e muitos membros daquela comunidade paroquial, que se inaugurou em 13 de junho de 2018, festa de Santo António, a exposição comemorativa dos 25 anos da inauguração daquele santuário, obra do arq. Agostinho Ricca Gonçalves (19152010).
Este ato contou com a presença da filha do arquiteto, Helena Ricca, e do P. Joaquim Moreira dos Santos, que na altura foi o dinamizador da construção do santuário. A cerimónia da inauguração contou com uma conferência do arquiteto João Luís Marques, profundo conhecedor da obre de Agostinho Ricca, e que analisou várias dimensões da sua obra, em confronto com outras obras de arquitetura religiosa do século XX (conceção dos espaços, soluções celebrativas, centralidade do presbitério e organização do espaço para os fiéis), em Portugal e numeroso espaços do mundo, com apresentação de imagens significativas.
Recorda-se que Agostinho Ricca é autor, entre outras obras, do projeto do parque Residencial da Boavista (1962-1973), em colaboração com João Serôdio e José Carlos Magalhães Carneiro, que contempla a Igreja de Nossa Senhora da Boavista (1975-1979), decorada, entre outros, por Júlio Resende e Zulmiro de Carvalho; do Projeto não concretizado para o “Palácio da Música”, para o Parque da Cidade, no Porto; a Câmara Municipal de Santo Tirso (1970); os edifícios industriais da EFACEC, em Leça do Balio (1948/1984); o Palácio da Justiça de Baião (anos oitenta); a Igreja da Sagrada Família, Chaves (1995); e o projeto para um Instituto do Padre Himalaya, apresentado na XI Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira (2001).
A exposição estará patente até 15 de julho, contando com a presença ativa do Município de Vale de Cambra e da Paróquia de Vila Chã, numa colaboração que une a arquitetura e a arte sacra, com obras de José Rodrigues, Zulmiro de Carvalho e Avelino Leite. Na tarde desse dia 13 de junho, feriado municipal em Vale de Cambra, se celebrou a eucaristia comemorativa do acontecimento, presidida por D. António Augusto Azevedo.