Está patente até esta quarta-feira dia 20 de junho, na escadaria do Paço Episcopal do Porto, a Exposição “Devoções e Cultos em Portugal” da autoria do Coletivo 18 subordinada ao tema dos santos. Este grupo de criadores agrega os seguintes nomes: Beatriz Sendin, Carla Mota, Fernando e Milena Miguel, João Gomes, Kuul Portugal, Lourdes Ferreira e Pedro Riobom. Estes artistas apresentam obras na fronteira entre a arte e o artesanato utilizando diversos materiais.
Na sexta-feira dia 15 de junho, pelas 18 horas, D. Manuel Linda, bispo do Porto, inaugurou esta Exposição no Paço Episcopal do Porto. Nas suas declarações aos jornalistas presentes no evento, o bispo do Porto afirmou que uma exposição como esta “é uma forma de escutar o mundo”. D. Manuel Linda salientou a importância de observar como é que os criadores artísticos nos falam da santidade.
O bispo do Porto assinalou ainda que um dos grandes objetivos desta Exposição é a abertura do Paço Episcopal à comunidade e também aos turistas que visitam a cidade. “Mas mesmo que não viesse cá turista nenhum, e vêm muitos, o escutarmos aquilo que os leigos nos têm a dizer através da sua linguagem, isso já é muito importante” – disse D. Manuel Linda.
Sacha Kuul, a criadora Kuul Portugal, é a coordenadora deste projeto e falou também aos jornalistas salientando que este grupo de criadores são “bons representantes do artesanato português” que se juntaram para apresentar as suas obras em espaços diversificados. Assinalou que, recentemente, estiveram presentes na Maia com a Exposição: “Cristo”. Afirmou ser agora “um privilégio” apresentarem os seus trabalhos no Paço Episcopal do Porto.
A artista Kuul Portugal revelou que tiveram alguma dificuldade em abordar a temática dos santos, mas sublinhou o apoio que lhes foi concedido pelo Chefe da Casa Episcopal, padre Samuel Guedes e pelo Vigário Geral, Cónego António Coelho na definição da temática proposta para esta exposição. “Trabalho figurativo em vários materiais” é o que apresenta esta exposição – apontou Sacha Kuul – informando que para as peças que criaram usaram “cerâmica, papel e tecido”. Sublinhou ainda a importância da abertura de um espaço como o Paço Episcopal à criação artística. “Religião, arte e educação devem conviver o mais possível” – disse a criadora Sacha Kuul.