Religiões dizem não à Eutanásia

Foto: Agência Ecclesia

Nesta quarta-feira dia 16 de maio reuniram-se em Lisboa representantes em Portugal de comunidades cristãs, muçulmanas, judaicas, hindus e budistas para rejeitar a legalização da eutanásia. Todos assinaram uma declaração conjunta.

O evento teve lugar na Academia das Ciências de Lisboa e foi organizado pelo Grupo de Trabalho Inter-religioso Religiões-Saúde tendo sido, assim, ratificado e assinado um texto com o título: “Cuidar até ao fim com compaixão”.

Segundo a Agência Ecclesia é possível ler nesse documento que “em nome da humanidade e do futuro da comunidade humana, causa da religião, sentimo-nos chamados a intervir no presente debate sobre a morte assistida, manifestando a nossa oposição à sua legalização em qualquer das suas formas, seja o suicídio assistido, seja a eutanásia”.

É ainda afirmado pelos vários líderes religiosos nesta declaração conjunta que “nós, comunidades religiosas presentes em Portugal, acreditamos que a vida humana é inviolável até à morte natural e perfilhamos um modelo compassivo de sociedade”.

Nesta declaração são sublinhados valores comuns como “a misericórdia e a compaixão” sendo destacado que estes valores e princípios permitiram que ao longo da história fossem desenvolvidos “modelos sociais capazes de criar, em cada momento, modos precisos de acompanhar e cuidar os membros mais frágeis da sociedade”.

A Agência Ecclesia destaca na notícia que publicou que a declaração conjunta questiona uma sociedade que “abandona, que se desumaniza, que se torna indiferente” perante o sofrimento alheio.

“Acreditamos que os cuidados paliativos são a concretização mais completa desta resposta que o Estado não pode deixar de dar, porque aliam a maior competência científica e técnica com a competência na compaixão, ambas imprescindíveis para cuidar de quem atravessa a fase final da vida” – escrevem os líderes religiosos.

Rejeitar a eutanásia é para as várias religiões um “verdadeiro desígnio nacional”, por isso, esta declaração será entregue ao Presidente da República e à Assembleia da República.

Esta declaração foi assinada pela Aliança Evangélica Portuguesa, Comunidade Hindu Portuguesa, Comunidade Islâmica de Lisboa, Comunidade Israelita de Lisboa, Igreja Católica (Cardeal Patriarca D. Manuel Clemente), Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), União Budista Portuguesa e União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia – segundo informa a Agência Ecclesia.