Moçambique: morreu Afonso Dhlakama, líder da Renamo

No dia 3 de maio, Afonso Dhlakama, de 65 anos, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), morreu na sua residência na Serra da Gorongosa, centro de Moçambique. A sua morte ficou a dever-se a problemas de saúde (crise de diabetes). Afonso Dhlakama era considerado pessoa de caráter controverso, mas incontornável na história do país.

Há quem o considere “pai da democracia moçambicana” e o “Mandela ou Obama moçambicano”. Afonso Dhlakama, após 16 anos de guerra civil, em 1992 celebrou o Acordo Geral de Paz (AGP) com o governo, liderado pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).

No dia 17 de abril, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, confirmou que o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) estavam a ultimar um acordo para o desarmamento, desmobilização e reintegração dos seus combatentes nas forças de segurança.

Era o líder da Renamo há mais de 40 anos, sucessor do fundador André Matsangaíssa. A Renamo é o segundo maior partido político de Moçambique. Afonso Dhlakama candidatou-se às eleições presidenciais, mas foi vencido por Joaquim Chissano em 1994, por Armando Guebuza em 2004, e por Filipe Nyusi em 2014. A representação parlamentar da Renamo conta com 90 deputados.