Decorreu nos dias 5 e 6 de maio o Fátima Jovem deste ano de 2018. O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil esteve presente e enviou um texto para a redação da VP do qual publicamos alguns excertos:
“Depois de um breve interregno causado pela visita do Papa Francisco a Portugal em 2017 (ano em que não se realizou o “Fátima Jovem”, mas antes um encontro – “Jubileu dos Jovens” – proposto pelo Santuário de Fátima, ocorrido a 9 de setembro, em simultâneo também com a nossa Peregrinação Diocesana), os cerca de 200 jovens das 4 Regiões Pastorais rumaram a Fátima, sob coordenação do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, acolhendo como também seu este desafi o a “alegrarem-se e a entusiasmarem-se” com o exemplo de Maria, de acordo com a mensagem deixada pelo Pe. Filipe Dinis (Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, que organiza esta Peregrinação). Este ano, e para além desse grande atractivo que constitui sempre o reencontro, em espírito de grande fé, festa e alegra juvenis, com os jovens das outras dioceses e o natural intercâmbio que dele surge “sob o olhar materno de Maria”, o Programa apresentava uma “surpresa”: no início da tarde de sábado, e após o “acolhimento” dos participantes, proporcionou-se uma conversa com o humorista e radialista na RFM (Grupo Renascença Multimédia) António Raminhos, sob o lema “Eis o teu servo, faça-se a Tua vontade”.
Assim, e fazendo jus ao seu “modo de ser e de estar” no mundo, António Raminhos foi protagonista de um muito divertido encontro-diálogo com os jovens presentes no “anfi teatro natural” de um dos parques do Santuário. Apesar do sol e do calor (que também marcaram presença ao longo de todo o fi m-de-semana, sendo uma das suas melhores surpresas), foram muitos os que não arredaram pé para ouvir o testemunho de jovem pai, “ex-escuteiro-para-a-toda-a-vida”, “ex-catequista-por-um-ano”, “fi gura pública” cuja vida, pensamento e acção cristãos extravasam largamente – para surpresa de não poucos – o “nome conhecido” com que nos é comummente apresentado.
Assim, com humor mas também “falando a sério” (já o fazia tão bem o nosso Gil Vicente…), António Raminhos não deixou de apelar a que todos assumissem a missão de sermos testemunhas desta “outra forma de ver o mundo” em que se concretiza a nossa fé. Reconhecendo que sem sempre os tempos são de “risos e sorrisos” (pois também a nossa fé é abalada…) mas defendendo que é precisamente nesses abalos que damos prova da sua/nossa força, o humorista demonstrou que o importante é “ter as ideias arrumadas” e estarmos dispostos a “dar a cara”, a “transformar a realidade” através de um “testemunho sedutor” para aqueles outros jovens que andam “lá por fora” (da Igreja).
O programa para a tarde de sábado só fi caria completo com o primeiro momento musical (algo que nunca falta nestas Peregrinações), a cargo da “Banda da Paróquia”, formada por jovens da Diocese de Coimbra que “encheram o palco” do Auditório do Centro Pastoral Paulo VI e puseram – literalmente – “a cantar e a saltar” os cerca de 1200 jovens presentes neste Fátima Jovem! Findo o concerto, era chegada a hora do jantar e, depois deste, a tradicional Recitação do Rosário (que contou também com a participação activa de duas jovens) e Procissão de Velas, momentos sempre muito emotivos e de rara beleza que todos os presentes puderam fazer também seus, tal como demonstrava o colorido das camisolas e estandartes representativos dos seus grupos, movimentos e Dioceses.
Após a Procissão, chegava o segundo momento musical do dia, novamente no Auditório do Centro Pastoral Paulo VI, mas desta vez para escutar e rezar com o Pe. João Paulo Vaz, também oriundo da Diocese de Coimbra. Após uma palavra introdutória de D. Joaquim Mendes (Presidente da Comissão Laicado e Família, a quem coube a missão de presidir a todas as Celebrações do fi m-de-semana), o Auditório, que estava quase cheio de jovens, fi cou depois repleto de silêncio atento e orante, o único que torna possível a escuta da voz de Deus que o Pe. João Paulo Vaz ia traduzindo em palavras e em música, sob o olhar e “no regaço” de Maria, cuja imagem fora igualmente colocada no palco. Num fi m-de-semana em que o lema foi “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 28), dificilmente este dia de sábado poderia ter tido melhor epílogo…
Domingo, como habitualmente é proposta do Santuário de Fátima (em cujo “programa oficial” o “Fátima Jovem” sempre se insere e respeita, em espírito de comunhão), foi o dia da “grande festa” da Eucaristia no Recinto do Santuário, precedida pela também já habitual Recitação do Rosário na Capelinha das Aparições. Na homilia, D. Joaquim Mendes não deixou também de apelar à coragem dos jovens para dizer “sim!” com(o) Maria, sublinhando igualmente alguns dos principais problemas-desafios colocados hoje às nossas famílias, falando em concreto da necessidade de recuperar o “sentido da maternidade”, tarefa que cabe a todos assumir: agentes políticos, económicos e culturais, agentes pastorais e também os jovens que vislumbram ser esse o seu caminho vocacional. No fi m, o “saldo” era o “habitual”: (mais) um Fátima Jovem “em cheio e em grande”, na alegria, na fé e na renovação da esperança num mundo melhor que anseia pelo nosso testemunho activo.”