
O primeiro ato oficial do novo bispo do Porto foi um encontro com os jornalistas no Auditório do Paço Episcopal. Logo após a tomada de posse perante o Conselho de Consultores, D. Manuel Linda, na manhã de sábado dia 14 de abril, colocou-se à disposição dos órgãos de comunicação social no âmbito de uma conferência de imprensa.
De destacar as palavras de apreço do novo bispo do Porto pelo trabalho desenvolvido pelo Administrador Diocesano, D. António Taipa e pelos bispos auxiliares, D. Pio Alves e D. António Augusto Azevedo, nos meses após a morte de D. António Francisco dos Santos. D. Manuel Linda chamou-lhes os “três heróis” tendo saudado também o vigário geral da diocese, o Cónego António Coelho, como parte integrante do “núcleo duro da diocese” – afirmou.
O novo bispo do Porto nas suas declarações aos jornalistas não deixou de referir os diocesanos que são aqueles para quem dirigirá a sua missão: “Estes 2 milhões e 200 mil pessoas que vivem, fazem a sua vida nesta área da diocese do Porto, muitos se reveem na dimensão religiosa e outros que caíram no desânimo e indiferença serão para nós pessoas com quem nos relacionaremos na plenitude do que é humano” – assinalou.
Para com os diocesanos, D. Manuel Linda pretende atuar com amabilidade e simpatia: “Na amabilidade, simpatia e coração grande, isto pode ser documentado a partir do meu antecessor, D. António Francisco, aquele que, na realidade da vida como era, mostrou estas mesmas características” – disse o bispo do Porto.
Respondendo a uma pergunta sobre a atualidade internacional e a situação na Síria, em particular, D. Manuel Linda disse ter “medo que a afirmação pessoal com os meios modernos de guerra, numa tentativa primeira de desafiar o inimigo” possa ser um desafio que “atinja dimensões irrecuperáveis e não seja possível voltar para trás”. D. Manuel disse mesmo ter “medo que haja passos mal dados”.
A propósito do trabalho social na diocese do Porto e na resposta a uma pergunta sobre esse assunto, D. Manuel Linda afirmou que “tem de se sujar as mãos na realidade do dia-a-dia e há situações que tem de haver a denúncia”. O novo bispo do Porto afirmou que não é necessário estar sempre a denunciar o mal, pois pode perder-se a “credibilidade”. Mas “havendo necessidade assim o farei” – declarou.
Destaque também nesta conferência de imprensa para uma afirmação de valorização do jornalismo e do seu contributo para a sociedade: “Quis que o primeiro ato de relação com a nova, para mim nova diocese do Porto, fosse por intermédio de vocês, jornalistas, na certeza que no tempo de hoje a procura, descoberta e também a transmissão da verdade passa muito pelo jornalismo e jornalismo criterioso. Valorizo muito, muito, a vossa profissão e o vosso contributo para a sociedade” – afirmou D. Manuel Linda.
(RS)