
São já mais de 1000 os cidadãos que subscreveram um Apelo, lançado no final de setembro de 2017, no qual se exprime a recusa firme da passividade perante o estado em que se encontra o nosso território e o seu coberto vegetal.
Por isso, um grupo de quatro pessoas tomou a iniciativa de apelar aos seus concidadãos a “ um sentido de responsabilidade social, moral e ambiental”, que tomou a forma de Apelo para uma Aliança pela Floresta Autóctone.
Os promotores dessa Aliança realizaram em 17 de março um primeiro debate público com a apresentação de Jorge Paiva, professor e investigador da Universidade de Coimbra, botânico, ecólogo e ecologista de reputação nacional e internacional. Outros debates se seguirão, estando o segundo previsto para Aveiro em maio, com intervenção de Helena Freitas, Professora e Investigadora da Universidade de Coimbra.
Os subscritores do Apelo defendem valores que assentam no primado da Floresta Autóctone e apelam à necessidade de se reabilitarem estruturas humanas e materiais como os Guardas e Viveiros Florestais, que se evitem as “extensas monoculturas de eucalipto e pinheiro-bravo em território nacional”, e incentivam a que se constituam nos concelhos círculos de entreajuda e de intervenção para salvaguarda do património natural com vista a uma efetiva prevenção contra os incêndios, favorecendo uma “tomada de consciência capaz de conduzir a uma maior observância da legislação de proteção em vigor e que as instituições públicas assumam o compromisso de agir diligentemente de forma a impedir que a ocorrência de incêndios e o plantio de monoculturas continuem a predominar”.