Exposição “Construir lugares” está patente no Museu de Serralves

Foi inaugurada no dia 8 de março a exposição “Construir lugares: Manuel Marques de Aguiar, 1927-2015”, uma homenagem à obra do arquiteto e urbanista de origem transmontana. Segundo se pode ler na informação publicada pelo site da Casa de Serralves, Manuel Marques de Aguiar “pertence a uma geração de arquitetos do Porto para quem o desenho constitui uma ferramenta privilegiada de pensamento”. Este “arquiteto, urbanista, gestor urbano e desenhador de paisagens” desenvolveu “a sua formação e ação em várias geografias, entre França, o Norte de Portugal e o arquipélago dos Açores”

“É através dos seus desenhos, assim como dos seus planos e projetos, que esta exposição revela o seu desejo de transformar a cidade e a paisagem, “construindo lugares” que possibilitem novas vivências.

Nos seus planos, projetos, obras e pareceres técnicos, Marques de Aguiar procurou passar “Da intenção ao acontecer”, recorrendo a diferentes instrumentos, alargando oportunidades e “semeando a longo prazo”, como gostava de dizer.

Ao longo de seis núcleos — ou de seis “lugares” — a exposição apresenta diferentes testemunhos de personalidades da sua geração (Luiz Cunha, Carlos Carvalho Dias e Álvaro Siza, entre outros), memórias de quem acompanhou a persistência de Marques de Aguiar na integração entre trabalho e vida.

O percurso deste arquiteto ficou marcado pela sua aprendizagem, em Paris, com Robert Auzelle, urbanista responsável pela transformação do Porto na transição para a década de 1960 — autor do PDM da cidade de 1962 — e figura-chave na construção do eixo da Rua Gonçalo Cristóvão, e da Escola Francesa do Porto, obras que Marques de Aguiar deixou à cidade. A estes juntam-se os planos para as cidades de Espinho e de Angra do Heroísmo (após o terramoto de 1981), assim como os estudos realizados para o interior norte de Portugal e para as orlas marítimas entre o Porto e Leça da Palmeira.”

Esta exposição estará patente até ao dia 17 de junho.